sexta-feira, 29 de maio de 2015

O Prefeito Heitor participa de encontro com Senador Delcídio em Brasília.

Brasília

Nesta segunda-feira, 18 de maio, o prefeito de Porto Murtinho Heitor Miranda dos Santos participou de uma reunião no Palácio do Planalto em Brasília a convite do senador Delcídio, onde foram discutidos investimentos do governo federal em Mato Grosso do Sul. O grupo foi recebido pelo Secretário de Relações Institucionais da Presidência da República, Eliseu Padilha.
“O ministro Padilha é quem está cuidando dos repasses de recursos federais para os municípios. Entregamos a ele uma relação com as emendas parlamentares que aguardam apenas a liberação do governo para que as prefeituras possam iniciar os processos licitatórios e executar as obras. Ele se comprometeu a dar prioridade a essas demandas, tanto na análise das propostas e dos convênios, como também nas liberações financeiras”, revelou o senador.

Heitor e os demais prefeitos presentes na reunião discutiram com Padilha o decreto presidencial 8.407, que fixa o dia 30 de junho como data final para o início das obras que ainda não tenham começado por falta de medição, que é feita pela Caixa Econômica Federal.
“O Senador Delcídio pediu ao ministro a revisão desse decreto e ele sinalizou a possibilidade de haver uma prorrogação de 60 dias, o que ajudará bastante os prefeitos, não só os de Mato Grosso do Sul, mas de todo o país”, comentou Delcídio.
O parlamentar sul-mato-grossense, que é o líder do governo no Senado, se colocou à disposição para ajudar a resolver as demandas dos municípios em Brasília, começando com os prefeitos do PT e atendendo também os de outros partidos.

Participaram da reunião os prefeitos Paulo Duarte (Corumbá), Maria Viana (Deodápolis), Erney Cunha (Jardim), Juliana Almeida (Miranda), Selso Lozano (Antônio João), Jorge Diogo (Brasilândia), Manoel Viais (Caracol), José Antônio (Ladário), Heitor Miranda (Porto Murtinho), Vanderley Mota (Pedro Gomes), Marta Araújo (Eldorado) e Vanderley Bispo (Japorã), além do vice-prefeito de Mundo Novo, Nivaldo Marques e a Secretária de Desenvolvimento de Rio Verde, Luciene Brandão, representando o prefeito Mario Kruger.

terça-feira, 26 de maio de 2015

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domingo, 24 de maio de 2015

Gene que muda sexo de mosquitos pode ser nova arma contra a dengue

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O Aedes aegypti é vetor de doenças graves como dengue, febre amarela, febre zika e chicungunha, mas não são todos os mosquitos da espécie que ameaçam a saúde humana. Os machos são considerados inofensivos, pois apenas as fêmeas picam porque precisam de sangue para o desenvolvimento de ovos. Com isso em mente, pesquisadores acreditam que uma proporção maior de machos reduziria a transmissão de doenças, e uma nova descoberta abre caminho para a mudança de sexo dos insetos por meio de alterações genéticas.
O estudo realizado por uma equipe do Instituto Fralin de Ciências da Vida, da Universidade Virginia Tech, identificou um gene responsável pela determinação do sexo nos mosquitos. Batizado como Nix, o interruptor genético fica escondido no genoma dos insetos, por isso nunca havia sido descoberto. Nos testes de laboratório, os cientistas injetaram o Nix em embriões e descobriram que mais de dois terços dos mosquitos fêmea desenvolveram genitais masculinos. Quando o Nix foi retirado de exemplares adultos, usando um método de edição do genoma, insetos machos desenvolveram genitais femininos.
— O Nix nos proporciona oportunidades para aproveitar a diferenciação sexual do mosquito para lutar contra doenças infecciosas — disse Jake Zhijian Tu, professor de bioquímica no Instituto Fralin.
A ideia, dizem os pesquisadores, é criar estratégias de controle do mosquito, seja convertendo fêmeas em machos ou eliminando seletivamente as fêmeas.
— Nós ainda não estamos lá, mas o objetivo final é estabelecer linhagens transgênicas que forcem a manifestação do Nix em fêmeas para convertê-las em machos inofensivos — explicou Zach Adelman, professor associado no Instituto Fralin.
Já existem testes em andamento com o uso de transgênicos para reduzir a população de mosquitos, inclusive no Brasil. Em abril do ano passado, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou projeto que libera a comercialização de um espécime que ao copular com fêmeas nativas gera descendentes incapazes de alcançar a vida adulta.
— Hoje pode-se fazer qualquer coisa com a genética — afirmou José Maria Ferraz, professor da Universidade Federal de São Carlos (SP) e ex-membro do CTNBio. — Mas existem riscos que devem ser avaliados. Você está manipulando algo que levou milhares de anos para se desenvolver na natureza.
Ao combater o Aedes aegypti, existe a possibilidade de outras espécies, como o Aedes albopictus, assumirem o seu lugar. Outra possibilidade é de os descendentes que sobreviverem com a alteração genética serem mais eficientes na transmissão das doenças.
O Aedes Aegypti é uma espécie nativa do continente africano, que começou a se espalhar pelo mundo a bordo de navios no século XVIII. A espécie é tratada como questão de saúde pública, por ser bem adaptada aos ambientes humanos e ser vetor de graves doenças, entre elas a dengue. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a incidência da dengue vem aumentando nas últimas décadas. Estimativas apontam para 390 milhões de infecções por ano, sendo que 96 milhões desenvolvem complicações clínicas.
— A redução seletiva de populações do Aedes aegypti em áreas onde eles não são nativos teria um pequeno impacto ambiental, e uma drástica melhoria na saúde humana — disse Brantley Hall, que também assina o estudo.
Fonte: O Globo

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Porto Murtinho

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Município de Porto Murtinho
"Portal-sul do Pantanal"
"Última guardiã do Rio Paraguai"
Bandeira de Porto Murtinho
Brasão desconhecido
Bandeira Brasão desconhecido
Hino
Aniversário 13 de junho
Fundação 13 de junho de 1912 (102 anos)
Emancipação 13 de junho de 1911
Gentílico murtinhense
Padroeiro(a) Sagrado Coração de Jesus
Prefeito(a) Heitor Miranda dos Santos (PT)
(2013–2016)
Localização
Localização de Porto Murtinho
Localização de Porto Murtinho no Mato Grosso do Sul
Porto Murtinho está localizado em: Brasil
Porto Murtinho
Localização de Porto Murtinho no Brasil
21° 41' 56" S 57° 52' 58" O
Unidade federativa  Mato Grosso do Sul
Mesorregião Pantanais Sul-Mato-Grossenses IBGE/2008 1
Microrregião Baixo Pantanal IBGE/2008 1
Municípios limítrofes Corumbá, Miranda, Bonito, Jardim e Caracol
Distância até a capital federal: 1 463 km
estadual: 437 km2
Características geográficas
Área 17 734,925 km² (MS: 2º)3
Área urbana 2,352 km² (MS: 39º) – est. Embrapa4
Distritos Porto Murtinho (sede), Colônia Cachoeira
População 15 530 hab. (MS: 37º) –  est. IBGE 20115
Densidade 0 875 hab/km² hab,/km²
Altitude 90 m 6
Clima tropical Aw
Fuso horário UTC−4
Indicadores
IDH-M 0,698 (MS: 73º) – médio PNUD/2000 7
Gini 0,470 (MS: 73º) – est. IBGE 20038
PIB R$ 194 882,431 mil (MS: 35º) – IBGE/20089
PIB per capita R$ 12 710,00 IBGE/20089
Página oficial
Porto Murtinho é um município brasileiro da região Centro-Oeste, situado no estado de Mato Grosso do Sul. A cidade é considerada a última guardiã do Rio Paraguai, sendo também portal-sul do Pantanal.

Índice

Geografia

Localização

O município de Porto Murtinho está situado no sul da região Centro-Oeste do Brasil, no Pantanais Sul-Mato-Grossenses (Microrregião do Baixo Pantanal). Localiza-se a uma latitude 21º41'56" Sul e a uma longitude 57º52'57" Oeste. Distâncias:

Geografia física

Solo

Duas classes de solos dominam o município: o planossolo de textura arenosa/média e média e o neossolo de elevada fertilidade natural. E em menores proporções o gleissolos.

Relevo e altitude

Com altitude de 90 m, a diversidade topográfica é bastante marcante, principalmente na sua porção leste, onde encontram-se cristas simétricas, bordas de patamar e modelados de dissecação colinosas e aguçadas. Os modelados tabulares estão entremeados a áreas planas, de feições de acumulação bastante diversas, quanto mais se aproxima das margens do rio Paraguai. O município de Porto Murtinho divide-se em três Regiões Geoambientais:
  • Região da Bodoquena e Morrarias do Urucum Amolar com a unidade Serra da Bodoquena;
  • Região do Pantanal Matogrossense com as Unidades: Pantanal do Apa-Amonguijá – Aquidabã, Pantanal do Rio Verde, Planície do Paraguai e Planície do Nabileque;
  • Região da Depressão do Alto Paraguai, com a unidade Depressão do Apa e Planícies Coluviais Pré-Pantanal.
Apresenta relevos elaborados pela ação fluvial. Relevo plano, geralmente elaborado por várias fases de retomada erosiva, áreas planas resultante de acumulação fluvial sujeita a inundações periódicas, área plana ou embaciada, zonal, argilosa e/ou arenosa, sujeita a inundações periódicas, ligadas ou não à rede de drenagem atual.

Clima, temperatura e pluviosidade

Tropical úmido e subúmido, período de chuvas de setembro a abril, com maior intensidade em dezembro. As temperaturas médias do mês mais frio são menores que 20 °C e maiores que 18 °C. O período seco estende-se de 03 a 04 meses. A precipitação vária entre 1.000 e 1.700mm anuais. Normais climatológicos de Porto Murtinho:
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura Média °C 23.3 23.5 23.1 22.6 20.8 19.8 18.8 21 23.2 23.3 23.4 23.1 22.2
T. Mínima Absoluta °C 14.8 14.3 14.1 7.7 2.4 -4.5 (1) -1.6 4.3 8 9.6 12.9 15 -4.5
T. Mínima Média °C 18.9 19.1 16.9 17.3 14.1 11.4 9.4 11.4 15.6 17.5 18.5 18.6 15.7
T. Máxima Média °C 29.5 29.6 30 30.3 29.2 29.8 29.6 31.9 32.5 31.2 30.3 29.4 30.3
T. Máxima Absoluta °C 35.8 35.2 36.6 33.6 33.1 33.2 34.3 37.6 38.2 38.2 (2) 36 34.8 38.2
Prec. Média mm 300.2 259.5 281.4 132.9 56.7 8.5 10.9 16.8 93.9 161.3 263.9 321 1910
Prec. Máxima 24h mm 67 79 66 112 (3) 66 35.4 61 66 61.6 65.2 94 93.2 112
Umidade Rel. do Ar % 85 85 85 85 90 71 67 61 67 80 85 88 79
  1. Junho de 1933;
  2. Setembro/Outubro de 1926;
  3. Abril de 1935.

Hidrografia

Rios do município:
Rio Paraguai
Rio Paraguai, principal rio que banha o município de Porto Murtinho
Afluente pela margem direita do rio Paraná, entrando neste na Argentina, nas proximidades da cidade de Corrientes; nasce no estado de Mato Grosso e corta o Pantanal sulmato-grossense de norte a sul. Divisa do município de Porto Murtinho (Brasil) com a República do Paraguai.
Outros rios
  • Rio Apa: afluente pela margem esquerda do rio Paraguai, nasce no município de Bela Vista, divisa do Brasil (Porto Murtinho) com a República do Paraguai.
  • Rio Amonguijá: afluente pela margem esquerda do rio Paraguai, desaguando nele pouco acima da cidade de Porto Murtinho. Fica nesse município. Nasce na serra da Bodoquena.
  • Rio Aquidabã: afluente pela margem esquerda do rio Paraguai, desaguando nele pouco acima da foz do rio Branco. Fica no município de Porto Murtinho. Nasce na serra da Bodoquena.
  • Rio Branco: afluente pela margem esquerda do rio Paraguai, no município de Porto Murtinho.
  • Rio Nabileque: afluente pela margem esquerda do rio Paraguai. Nasce no Pantanal do Nabileque, ao sul do município de Corumbá, fazendo divisa entre este município e o de Porto Murtinho.
  • Rio Naitaca: afluente pela margem esquerda do rio Nabileque, fazendo divisa entre os municípios de Corumbá e Porto Murtinho.
  • Rio Perdido: afluente pela margem direita do rio Apa, na fronteira entre Brasil e a República do Paraguai. Nasce na borda oriental da serra da Bodoquena, é limite entre os municípios de Porto Murtinho e Caracol e Porto Murtinho e Jardim.
  • Rio Tarumã: afluente, pela margem esquerda do rio Paraguai, desaguando cerca de 20 km acima (a montante) da cidade de Porto Murtinho.
  • Rio Tereré: afluente pela margem esquerda do rio Paraguai, no município de Porto Murtinho.

Vegetação

Distribuída quase que eqüitativamente a cobertura é típica do Pantanal (Cerrado Estépico), Cerrado e Floresta Estacional Decidual e Semidecidual. Há também pastagem cultivada e alguma lavoura.

Geografia política

Fuso horário

Está a -1 hora com relação a Brasília e -4 com relação ao Meridiano de Greenwich (Tempo Universal Coordenado).

Área

Ocupa uma superfície de 17 734,925 km².
Pantanal

Portal A Wikipédia possui o portal:
A Unesco reconheceu o Pantanal como uma das mais exuberantes e diversificadas reservas naturais do Planeta integrando-o ao acervo dos patrimônios da humanidade. Localizado no interior da América do Sul, é a maior extensão úmida contínua do planeta, possuindo cerca de 250 mil km². Destaca-se pelas inúmeras espécies de animais e vegetações decorrentes do ambiente contraditório que alterna entre períodos úmidos e de estiagem. O Pantanal entretanto não é um só. Existem dez pantanais na região com características diferentes: Nabileque - 9,4 %; Miranda - 4,6%; Aquidauana - 4,9 %; Abobral - 1,6 %; Nhecolândia - 17,8 %; Paiaguás - 18,3 %; Paraguai - 5,3 %; Barão de Melgaço - 13,3 %; Poconé - 12,9 %; Cáceres - 11,9 %.
A beleza proporcionada pela paisagem pantaneira fascina pessoas de todo o mundo fazendo com que o turismo se desenvolva em vários municípios da região. O desenvolvimento de um pensamento ambientalista e social para o pantanal tem levado vários pesquisadores a discutirem o impacto da ocupação humana neste ecossistema. Dentre os principais problemas ambientais destacamos: a pesca predatória; a caça de jacarés; a poluição dos rios da bacia do Paraguai; os garimpos do Estado de Mato Grosso e a poluição das águas pelo mercúrio; a hidrovia Paraguai-Paraná. Tais questões tem sido alvo de uma extensa discussão e algumas ações ambientais por parte dos órgãos ambientais e da comunidade tem coibido tais agressões.

Subdivisões

Porto Murtinho (sede) e Colônia Cachoeira.

Arredores

Faz divisa com Corumbá, Miranda, Bonito, Jardim e Caracol.

História

A fundação de Porto Murtinho está intimamente ligada com a Cia Matte Larangeira, responsável também pela fundação da cidade de Guaíra (Paraná).

Primórdios

Chegada da Empresa Matte Larangeira
O Decreto Imperial nº 8799, de 9 de dezembro de 1882, autorizava a Larangeira a exploração da erva-mate nativa, por um período inicial de 10 anos, entretanto esse decreto não impede a exploração por parte dos moradores locais.10 Larangeira funda então a Empresa Matte Larangeira11 a partir desta concessão imperial. Thomaz Larangeira trouxe do sul do país fazendeiros que conheciam o manejo da erva-mate, também foram utilizadas a mão-de-obra de índios da região e de paraguaios, iniciando o ciclo de produção da erva-mate.12
Com a proclamação da república a área de concessão é, sucessivamente, ampliada, sempre com o apoio de políticos influentes, como Joaquim Murtinho, Manuel José Murtinho e General Antônio Maria Coelho. Através do Decreto nº 520, de 23 de junho de 1890, são ampliados os limites de suas posses e consegue o monopólio na exploração da erva-mate em toda a região abrangida pelo arrendamento.
Aumento de produção
No início de 1892 os produtores de erva-mate do sul do Pantanal sentiram necessidade de criar um porto fluvial para centralizar o escoamento da produção. Depois de escolherem o local (a 50 km a montante do rio Apa, no rio Paraguai), a iniciativa do projeto, sob responsabilidade de Antônio Alves Corrêa, passou para a fazenda Três Barras, que teve 3600 hectares expropriados para integrar o povoado. Em julho de 1892 a Companhia Matte Larangeira comprou a Fazenda Três Barras, de propriedade do marechal Boaventura da Mota, à margem esquerda do rio Paraguai, e construiu um porto para exportação de erva-mate cancheada. Esse porto foi nomeado de Porto Fluvial Murtinho pelo Superintendente do Banco Rio e Mato Grosso Antônio Corrêa da Costa, em homenagem a Joaquim Murtinho. No mesmo ano é assinado novo contrato de concessão com o estado, com exclusividade para exploração dos ervais. Após assinado esse contrato, o Banco Rio Branco e Matto Grosso, da Família Murtinho, compra 14.540 ações (100$000 por ação), cabendo a Larangeira 460 ações. A empresa passa a se denominar Companhia Matte Larangeira, sendo obrigada a transferir a sua sede para o território do Mato Grosso.
Em 1895 quando a Cia. Matte Larangeira recebeu 5.000.000 ha em arrendamento de terras devolutas. Essa área compunha o território dos Kaiowás e Guaranis. Companhia utilizou ao longo da sua historia mão-de-obra indígena, principalmente das etnias Kaiowá e Guarani. A atividade gerava muito lucro estimulando o aumento da exportação.

Auge econômico

Venda da Matte Larangeira á Francisco Mendes Gonçalves & Cia
O então Porto Fluvial Murtinho foi elevado a distrito para Resolução 225, de 10 de abril de 1900. A região teve grande desenvolvimento graças à Companhia Mate Larangeira. O transporte do mate — colhido num vasto império extrativo no atual estado de Mato Grosso do Sul — exigia 800 carretas e 20 mil bois. A Companhia encarregava-se da exploração e exportação da erva semi-elaborada (cancheada) para Buenos Aires. A erva-mate atingiu outros grandes centros urbanos como Assunção (Paraguai) e até Inglaterra, França e Itália.
Nesta localidade, outra empresa, a argentina Francisco Mendes Gonçalves & Cia, encarregava-se da industrialização e distribuição do produto no mercado externo. Após denuncias do Superintendente, Dr. Antonio Corrêa da Costa e de prejuízos com o transporte da produção da Matte Larangeira, o Banco Rio Branco decreta falência em 1902 e Thomaz Larangeira adquire seu espólio, já a Cia Matte Larangeira é vendida a companhia Francisco Mendes & Cia, passando a se chamar Larangeira Mendes e Companhia.
Construção da ferrovia e município de Porto Murtinho
Trem de Porto Murtinho que parte para São Roque em 1913
Ao aproximar-se do rio Paraguai, o terreno torna-se pantanoso, e a Mate Laranjeira viu-se obrigada a construir um "aterro ferroviário". Foi finalizada em 1906, para facilitar o transporte de erva-mate, uma ferrovia (Estrada de Ferro Porto Murtinho a São Roque), ligando o Porto Geral a Fazenda São Roque, com extensão máxima de 22 á 25 km.13 O projeto inicial de 1898 do Dr. Antonio Corrêa da Costa previa uma extensão de 42 léguas (231 a 277 km).14 Já em 1910 ocorre a transferência do foco principal de exploração de erva mate para o Rio Paraná, reduzindo a sua importância estratégica para a empresa.
Porto Fluvial Murtinho é elevada à categoria de vila com a denominação de Porto Murtinho (sem o Fluvial) pela Lei Estadual nº 560, de 20 de junho de 1911, ou Decreto Estadual nº 310, de 2 de abril de 1912, desmembrado do município de Corumbá e sede no atual distrito de Porto Murtinho (ex-povoado), sendo instalado em 13 de junho de 1912.

Decadência

Início do fim de uma grande companhia
A sede da Companhia Matte Larangeira foi transferida em 1918 de Porto Murtinho para a Fazenda Campanário, próximo ao município de Caarapó. Sendo que a erva passou a ser exportada pelo Rio Paraná, ficando somente a produção dos ranchos próximos exportada por Porto Murtinho. Desde 1902 a Companhia estabelece-se em Guaíra, inicialmente denominada de Porto Monjoli,15 iniciando a construção de uma ferrovia Estrada de Ferro Guaíra a Porto Mendes em 1911, que transporia as corredeiras da Sete Quedas. Em 1919 Porto Murtinho tornou-se comarca.
Cidade de Porto Murtinho e Território de Ponta Porã
Porto Murtinho foi elevado à condição de cidade com essa denominação pela Lei Estadual nº 962, de 12 de julho de 1926. Em 1943 fez parte do Território Federal de Ponta Porã, extinto em 1946. A empresa Matte Larangeira recebeu um prazo para a liquidação de seus negócios e seus edifícios foram todos leiloados, bem como todas as estalagens, oficinas, rebanhos e tropas. A empresa continuou operando a EF Porto Murtinho, transportando madeira (quebracho) da empresa até a usina da Floresta Brasileira S. A. para extração de tanino, até pelo menos 1958, existindo indicações (vagas) de que, em 1971, os trens ainda estariam em operação.
Em 1982 a cidade foi atingida por uma grande enchente, problema este resolvido três anos depois com a construção de um dique de contenção.

Topônimo

Seu nome é uma homenagem a Joaquim Murtinho, senador mato-grossense e Ministro da Fazenda do Governo Campos Sales.

Demografia

Sua população em 2011, de acordo com o IBGE, era de 15.530 habitantes.

Economia

Uma das atividades mais representativas de Porto Murtinho é a agropecuária, além da exploração do quebracho (de onde se extrai o tanino). Porto Murtinho passou por um período de prosperidade na época do ciclo da erva-mate. A cidade também tem sua riqueza mineral lastreada principalmente na cal de pedra.

Turismo

O turismo de pesca é a sua principal atividade econômica. O trecho do Rio Paraguai em Porto Murtinho é um dos mais piscosos do Brasil, sendo por isso a pesca, além da fauna e flora, o principal atrativo da cidade. Dali partem vários barcos com pescadores e turistas.
  • Castelinho (Rua Doutor Correia, 456 - Centro): Esse castelo foi construído por um comerciante da cidade, casado com uma européia, para convencer sua esposa a permanecer na cidade. Sua mulher queria que o comerciante construísse uma réplica dos castelos europeus para ela não sentir mais saudade da Europa. Possuía energia elétrica própria, água encanada e seus móveis eram importados daquele continente.
  • Ilha da Margarida: zona de livre comércio localizada no lado paraguaio. Para chegar até lá é preciso atravessar o rio, pois não existe ponte que ligue as duas regiões.

Infraestrutura

Transporte

  • BR-267
  • Terminal rodoviário de Porto Murtinho

Forças armadas

Comando do Exército
Organização Sigla
2ª Companhia de Fronteira 2ª Cia Fron

Ver também

Referências


  • Divisão Territorial do Brasil Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Visitado em 11 de outubro de 2008.

  • Mapas e rotas Guia 4 Rodas. Visitado em 3 de novembro de 2011.

  • IBGE (10 out. 2002). Área territorial oficial Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Visitado em 5 dez. 2010.

  • Urbanização das cidades brasileiras Embrapa Monitoramento por Satélite. Visitado em 30 de Julho de 2008.

  • Estimativa Populacional 2011 Censo Populacional 2010 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2011). Visitado em 13 de setembro de 2011.

  • Mato Grosso do Sul Embrapa. Visitado em 19 de julho de 2011.

  • Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil Atlas do Desenvolvimento Humano Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000). Visitado em 11 de outubro de 2008.

  • Indice GINI Cidade Sat Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2000). Visitado em 06 de agosto de 2011.

  • Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Visitado em 11 dez. 2010.

  • Adelaido Luiz Spinosa Vila. Participação da mão-de-obra indígena na Companhia Matte Larangeira. Visitado em 8 de março de 2009.

  • Alcimar Lopes Lomba. O transporte ferroviário na Companhia Mate Laranjeira (1906-1944). [S.l.]: Universidade Federal do Mato Grosso do Sul / Dourados, 2002.

  • PM Porto Murtinho. Histórico. Visitado em 5 de junho de 2009.

  • Ralph Mennucci Giesbrecht. E. F. Mate Laranjeira (Município de Porto Murtinho, MS). Visitado em 25 de maio de 2009.

  • Cesar Rogério Cabral / Markus Hasenack / Rovane Marcos de França. MÓDULO I UNIDADE CURRICULAR TOPOGRAFIA I. [S.l.]: CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE SANTA CATARINA.

    1. Prof. Dr. Omar Fedato Aleksiejuk. Cronologia Histórica de Guairá. Visitado em 6 de março de 2009.

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