Felipe Néri Carvalho, 24 anos, e Gerônimo Sanabria Acosta, 22 anos, cujos corpos foram encontrados enterrados na fazenda Braga Cuê, na região do Nabileque, em Porto Murtinho, foram mortos porque os funcionários da fazenda julgaram que um deles era ladrão de gado.
Três estão presos na Polícia Civil do município, Wanderley Antunes Pinto, 57 anos e o filho Renan Antunes, 22 anos, pai e filho, acusados do assassinato e um outro funcionário, que ajudou a ocultar os corpos.
O Campo Grande News apurou que foi armada uma tocaia para matar Felipe, que trabalhou como campeiro na Fazenda.
A suspeita era de que ele estaria desviando gado para outras propriedades.
Gerônimo, que diferente do que foi informado inicialmente não é irmão de Felipe, sequer trabalhava na propriedade. Ele apenas foi acompanhar o amigo.
Segundo familiares, eles desapareceram no dia 12 de abril, quando Felipe recebeu ligação de funcionários da propriedade, que disseram que fariam um pagamento a ele. Os dois saíram de bote para ir ao local e não foram mais vistos.
No dia 19 a família dos jovens procurou a polícia e foi armada uma “força-tarefa”, devido aos riscos diante das informações de que havia milícia no local. Quando os policiais chegaram, foram recebidos a tiros pelo capataz Elioney Salvador Barbosa Pires, 30 anos, conhecido como "Hélio". Ele foi baleado e morreu.
Foi apurado que Hélio trabalhava na fazenda há pelo menos 13 anos e que era o braço forte do proprietário, José Aranda. Hélio também teria participado na ocultação de provas do assassinato dos dois jovens.
A polícia investiga agora se o proprietário rural tem envolvimento nos crimes, diante da suspeita de que ele havia determinado que a milícia abrisse fogo contra ladrões. Não se sabe qual o paradeiro do pecuarista.
Segundo informou ontem a Polícia Civil, com os suspeitos foram apreendidas armas de uso restrito, entre elas: um fuzil AR 15, pistola 9 milímetros e uma escopeta calibre 12.
CG News
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