sábado, 31 de outubro de 2015

Polícia Ambiental coloca 350 policiais para combater pesca ilegal no feriado

Operação vai se intensificar nos rios Taquari, Paraná e Paraguai e termina na segunda

RODOLFO CÉSAR30 de Outubro de 2015 | 19h45
A Polícia Militar Ambiental (PMA) colocou 350 homens para percorrer os rios de Mato Grosso do Sul em uma operação contra a pesca predatória, que vai durar até a segunda-feira (2). A intensificação desse trabalho vai focar principalmente a fiscalização nos rios Taquari, Paraná e Paraguai.
Mesmo assim, outros pontos que são considerados convidativos para turistas por conta do feriado prolongado estarão na mira da PMA.
"Os policiais estão atuando no leito dos rios e barrancos para prevenir e combater crimes como a pesca predatória, que degradam os recursos naturais", divulgou a assessoria de imprensa da instituição.
Os policiais estarão atentos a verificar o uso de petrechos ou métodos de pesca proibidos, a retirada de quantidade de peixes superior ao permitido, bem como a pesca em locais não permitidos e a captura do pescado com tamanho inferior ao regulamento. Todos esses itens caracterizam-se como crimes e podem render penalidades, como multa e mesmo prisão.
"A falta da licença ambiental de pesca constitui infração administrativa, cabendo multa e ainda apreensão do material de pesca, barcos e motores", alertou a PMA.
Só na última piracema, por exemplo, a Polícia Militar Ambiental prendeu 74 pessoas e apreendeu 1.930 quilos de pescado.

domingo, 30 de agosto de 2015

Rodovia que ligue Brasil, Paraguai, Argentina e Chile é discutida por Reinaldo

A discussão passou pela construção de obras que podem desenvolver as economias dos quatro países

28/08/2015 - 16h44

Notícias/MS

De Campo Grande 

Governador Reinaldo Azambuja e o Embaixador do Chile, Jaime Gazmuri (Foto: Chico Ribeiro)

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) participou na manhã desta sexta-feira (28) de uma reunião com embaixador do Chile no brasil, Jaime Gazmuri, com o objetivo de discutir a integração comercial entre as regiões que compõe a rota bi oceânica, além do estreitamento comercial das relações comerciais entre os dois países.

Para o embaixador Jaime Gazmuri, o ponto discutido na reunião foi o interesse dos governos em impulsionar o projeto de integração rodoviária entre Brasil, Paraguai, Argentina e Chile.

A discussão passou pela construção de obras que podem desenvolver as economias dos quatro países, entre elas a construção de uma ponte em Porto Murtinho e Carmelo Peralta, além da pavimentação de rodovias do Chaco do Paraguai e na Argentina, que levem até os portos da Costa do Pacífico, no Chile.

“O importante agora é construir um grupo de trabalho para que se defina a administração dessa rodovia de forma igual para todos os países envolvidos, facilitando assim a fluidez no transporte de mercadorias, com menos burocracia até os portos do Chile”, disse o embaixador.

Para o ministro do Itamaraty, João Carlos Parkinson de Castro, a reunião que trouxe uma série de iniciativas positivas para estabelecer um corredor de escoamento de produtos entre Mato Grosso do Sul e a Costa do Pacífico, pode trazer para o Estado vantagens econômicas no transporte de produtos de importação e exportação que chegam e partem para o Chile.

“Mato Grosso do Sul teria vários ganhos econômicos, principalmente pelo encurtamento das distâncias, com frete mais barato, custo logístico menor, e também com menor tempo gasto com deslocamento”, afirmou.

A próxima etapa é uma nova reunião, provavelmente na Cuidad del Leste (PY), entre os representantes de todos os países envolvidos nesse projeto, para discutir sobre o marco regulatório comum na estrada que interligará os países.

Participaram da reunião o Secretário de Estado de Infraestrutura, Marcelo Miglioli; o Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, o adido comercial César Gatica e o côncul honorário do Chile em Mato Grosso do Sul, Rodrigo Benavides.
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quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Bom Dia MS


Vídeos do Bom Dia MS com notícias do Mato Grosso do Sul ...

domingo, 23 de agosto de 2015

Pantanal será palco do Campeonato Mundial de Corrida de Aventura

Thiago de Souza
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Encontro discutiu detalhes do Mundial de Corrida de Aventura. (Foto: Divulgação - Prefeitura de Corumbá)Encontro discutiu detalhes do Mundial de Corrida de Aventura. (Foto: Divulgação - Prefeitura de Corumbá)
O Pantanal de Corumbá, em Mato Grosso do Sul, será palco do Campeonato Mundial de Corrida de Aventura, um dos maiores eventos da modalidade em todo o mundo. A corrida terá mais de 30 equipes de 16 países diferentes, do dia 11 a 21 de novembro. O lançamento oficial da prova será realizado nessa segunda-feira (24), às 8 horas, na sede do IHP (Instituto Homem Pantaneiro). 
Nesta sexta-feira (21), o prefeito de Corumbá, Paulo Duarte recebeu os coordenadores do evento, Pedro Guimarães e Silvia Shubi Guimarãese, e colocou-se a disposição para a realização da corrida, mesmo não tendo recursos financeiros para oferecer ao evento. “...porém podemos ajudar com o know-how adquirido durante as duas edições do Pantanal Extremo”, pontuou o prefeito.
De acordo com a prefeitura, a corrida aquece a economia local e fortalece Corumbá e o Pantanal como destinos dos esportes de aventura, nacionais e internacionais.
Durante o período preparativo, serão mais de 350 pessoas envolvidas, entre competidores, jornalistas e organizadores do mundial.
“Vamos apresentar o AR World Championship Pantanal para a imprensa e a comunidade local e toda sua potencialidade para o comércio da cidade e para o fortalecimento da marca Pantanal de Corumbá”, explicou Sílvia Shubi.
A prova terá 700 km envolvendo as modalidades esportivas de técnicas verticais, orientação, mountain bike, stand up puddle, canoagem e trekking.
A competição terá início na Baia Gaiva, no contorno da Serra do Amolar, onde o Rio Paraguai divide Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, cruzando pelo Porto São Pedro, Porto Rolon, Estrada Parque Pantanal, Albuquerque, até o Parque Marina Gatass, de onde os atletas irão remar em canoinhas rumo ao Porto Geral de Corumbá, linha de chegada do Campeonato. A premiação para a equipe vencedora é de US$ 75.000,00.

sábado, 8 de agosto de 2015

Ação faz parte da campanha da Semana Mundial de Amamentação, que este ano teve como tema Amamentação e Trabalho. Atualmente, cem empresas possuem locais destinados ao aleitamento.
Para as mulheres que trabalham fora de casa, o fim da licença maternidade e o retorno às atividades profissionais podem representar o fim de um dos vínculos mais importantes entre a mãe e o bebê: a amamentação. A licença maternidade tem sido uma importante aliada para que a as mães mantenham a amamentação exclusiva. De acordo com a II Pesquisa de Prevalência do Aleitamento Materno nas Capitais Brasileiras e Distrito Federal, o índice de aleitamento materno é duas vezes maior entre as trabalhadoras com direito a licença (53,4%) do que o registrado entre mulheres que não possuem o direito (26,8%). O aleitamento materno exclusivo até os seis meses diminui em até 13% a morte de menores de cinco anos em todo o mundo por causas evitáveis.
Confira as imagens do evento.
Nesta sexta-feira (7/8), o ministro da Saúde, Arthur Chioro, encerrou a Semana Mundial de Amamentação, comemorada entre 1º e 7 de agosto. Este ano, o tema da campanha do Ministério da Saúde, em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria, é “Amamentação e Trabalho: para dar certo, o compromisso é de todos”.  O apresentador Serginho Groisman e sua esposa, Fernanda Vogel Molina Groisman, pais de Thomas, são os padrinhos da campanha. O objetivo é incentivar gestores de empresas públicas e privadas de todo o Brasil a adotarem a Ação “Mulher Trabalhadora que Amamenta”, lançada em 2010. Durante a cerimônia, o ministro reconheceu 18 empresas participantes da iniciativa.
“Nós queremos despertar uma consciência do respeito à mulher trabalhadora e ao bebê. Todo mundo ganha. Os estudos sobre os benefícios da amamentação para saúde da criança e da mãe são inquestionáveis, mas também são grandes os ganhos de produtividade, do compromisso da mulher com o seu trabalho. Cada vez mais, nós queremos estimular as empresas privadas a adotarem a licença maternidade de seis meses, a garantia da creche no ambiente do trabalho ou próximo dele e a implantação das salas de aleitamento materno. Esse é um espaço muito simples e barato, mas que permite a mãe recolher o leite de maneira segura e transportá-lo para casa para amamentar o seu bebê. Essas ações garantem às mulheres o direito de compatibilizar a sua vida profissional com o aleitamento, com o fato de serem mães”, destacou o ministro, Arthur Chioro.
Para o apresentador Serginho Groisman, o envolvimento de todos – principalmente dos pais – é imprescindível para o estímulo à amamentação. “Essa é uma campanha muito importante para a saúde do filho e da mãe. Espero que ela seja compartilhada e entendida por todos nós e que cada vez mais se amamente mais. Nós, pais, precisamos ter uma participação efetiva para ajudar a mãe a fazer esse trabalho, que é fundamental”, ressaltou.
A ação Mulher Trabalhadora que amamenta possui três eixos fundamentais preconizados pelo Ministério da Saúde: licença-maternidade de seis meses, implementação de creches nos locais de trabalho ou convênio com creches próximas, e a criação de salas de apoio à amamentação dentro do ambiente de trabalho. A meta inicial para 2015, de certificar 50 salas de apoio em empresas de todo o Brasil, foi superada em 100%, chegando a 100 salas, beneficiam até 70 mil mulheres em idade fértil. Para 2016, o objetivo é certificar outras 100 salas, ampliando em 40% o número de mulheres alcançadas.
As salas de apoio à amamentação são espaços localizados no próprio ambiente de trabalho, destinados às mulheres que retornam da licença maternidade. A intenção é que elas possam durante o horário de trabalho, com privacidade e segurança, retirar o leite, armazená-lo em local adequado e depois levá-lo para casa, aumentando o período de amamentação do filho. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 43% dos trabalhadores brasileiros são mulheres, ou seja, quase metade da força de trabalho no país. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam que os bebês sejam alimentados exclusivamente pelo leite da mãe até os seis meses e que a amamentação continue acontecendo, junto com outros alimentos, por até dois anos ou mais.
Nenhuma outra estratégia isolada alcança o impacto que a amamentação materna tem na redução da mortalidade infantil nessa faixa etária. De acordo com a OMS e o Programa das Nações Unidades para a Infância (Unicef), cerca de 6 milhões de crianças são salvas a cada ano devido ao aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês.
Com o leite humano, o bebê fica protegido de infecções, diarreias e alergias, cresce com mais saúde, ganha peso mais rápido, além de ficar menos tempo internado. O aleitamento materno também diminuiu o risco de doenças como hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade. A amamentação reduz o peso da mãe mais rapidamente após o parto e ajuda o útero a recuperar seu tamanho normal, diminuindo o risco de hemorragia e de anemia. As chances de se adquirir diabetes ou desenvolver câncer de mama e de ovário também caem significativamente.
Além de todos esses benefícios à saúde, estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Pelotas comprovou que quanto mais duradouro o período de amamentação na infância, maiores os níveis de inteligência e renda média na vida adulta até os 30 anos. Foi o primeiro estudo no Brasil a mostrar o impacto no QI e o primeiro internacionalmente a verificar a influência na renda. A pesquisa foi divulgada pela The Lancet, uma das publicações científicas mais importantes do mundo.
POLÍTICA DE ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA – Outra importante ação do Ministério da Saúde em prol dos pequenos foi a publicação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança. A portaria nº 11.130/2015 busca integrar diversas ações já existentes para atendimento a essa população, com objetivo de promover o aleitamento materno e a saúde da criança, da gestação aos nove anos de vida, com especial atenção à primeira infância (zero a cinco anos) e às populações de maior vulnerabilidade, como crianças com deficiência, indígenas, quilombolas, ribeirinhas e em situação de rua.
A elaboração de uma Política Nacional de Saúde da Criança também vem ao encontro do pleito de entidades da sociedade civil, militantes da causa dos direitos da criança e do adolescente, como a Rede Nacional da Primeira Infância, a Pastoral da Criança, além de organismos como Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Sustentabilidade
 

O que é sustentabilidade, conceito, desenvolvimento sustentável, gestão sustentável, meio ambiente, ações

FONTE: Sua Pesquisa


Sustentabilidade: desenvolvimento presente garantindo o futuro das próximas gerações

Conceito de sustentabilidade

Sustentabilidade é um termo usado para definir ações e atividades humanas que visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas gerações. Ou seja, assustentabilidade está diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio ambiente, usando os recursos naturais de forma inteligente para que eles se mantenham no futuro. Seguindo estes parâmetros, a humanidade pode garantir o desenvolvimento sustentável.

Ações relacionadas a sustentabilidade

- Exploração dos recursos vegetais de florestas e matas de forma controlada, garantindo o replantio sempre que necessário.

- Preservação total de áreas verdes não destinadas a exploração econômica.

- Ações que visem o incentivo a produção e consumo de alimentos orgânicos, pois estes não agridem a natureza além de serem benéficos à saúde dos seres humanos;

- Exploração dos recursos minerais (petróleo, carvão, minérios) de forma controlada, racionalizada e com planejamento.

- Uso de fontes de energia limpas e renováveis (eólica, geotérmica e hidráulica) para diminuir o consumo de combustíveis fósseis. Esta ação, além de preservar as reservas de recursos minerais, visa diminuir a poluição do ar.

- Criação de atitudes pessoais e empresarias voltadas para a reciclagem de resíduos sólidos. Esta ação além de gerar renda e diminuir a quantidade de lixo no solo, possibilita a diminuição da retirada de recursos minerais do solo.

- Desenvolvimento da gestão sustentável nas empresas para diminuir o desperdício de matéria-prima e desenvolvimento de produtos com baixo consumo de energia.

- Atitudes voltadas para o consumo controlado de água, evitando ao máximo o desperdício. Adoção de medidas que visem a não poluição dos recursos hídricos, assim como a despoluição daqueles que se encontram poluídos ou contaminados.

Benefícios

A adoção de ações de sustentabilidade garantem a médio e longo prazo um planeta em boas condições para o desenvolvimento das diversas formas de vida, inclusive a humana. Garante os recursos naturais necessários para as próximas gerações, possibilitando a manutenção dos recursos naturais (florestas, matas, rios, lagos, oceanos) e garantindo uma boa qualidade de vida para as futuras gerações.

sábado, 20 de junho de 2015

Globo Repórter, o Pantanal. Documentário completo (VÍDEO)


Publicado em 1 de abr de 2013
Matéria do Globo repórter sobre a maior superficie de inundação do Brasil, o Pantanal.


 CLIQUE E ACESSE:

https://www.youtube.com/watch?v=pkVTBYyi8jk

sábado, 13 de junho de 2015

Conheça os principais pontos da Convenção de luta contra mudança climática



  • MODIS/Aqua/NASA
    Camada de gelo mostra sinais de derretimento a oeste do Alasca, em imagem feita em 4 de fevereiro de 2014 por satélites da Nasa Camada de gelo mostra sinais de derretimento a oeste do Alasca, em imagem feita em 4 de fevereiro de 2014 por satélites da Nasa
Estes são os principais pontos da Convenção-marco da Luta Contra o Aquecimento Global da ONU, cujo pré-projeto foi debatido durante dez dias, até esta quinta-feira (11), em Bonn, por 196 participantes.

CLIQUE E LEIA TUDO:

http://jardimdosul.blogspot.com.br/

terça-feira, 2 de junho de 2015


Rosalda paim: uma enfermeira para além de seu tempo


Enéas Rangel Teixeira1, Donizete Vago Daher2, Rosimere Ferreira Santana3, Thais Cordeiro Fonseca4
1,2,3,4Universidade Federal Fluminense



RESUMO
Trata-se da biografia da enfermeira, pedagoga, professora, pesquisadora e deputada estadual Rosalda Cruz Nogueira Paim. Objetivo: O objetivo é descrever a trajetória pessoal e profissional dessa enfermeira que muito contribuiu para a enfermagem fluminense e brasileira. Método: Estudo do tipo narrativa histórico-social. Resultados: Descrição dos fatos e fenômenos da biografia num percurso analítico, contextual e temático. Discussão:Os dados são apresentados através de temáticas: Trajetória pessoal e profissional: Um devir norteado pela dedicação à saúde e à enfermagem; Em defesa de um amplo projeto político e social: em defesa da vida; O título de professora emérita: o reconhecimento profissional; Contribuições teóricas: O sistemismo funda um novo modo de pensar e de fazer saúde e enfermagem. Conclusão: Paim criou um modelo de sistematização teórica e metodológica para a enfermagem brasileira com repercussões na saúde e na sociedade.
Palavras-chave: Biografia. Teoria de Enfermagem. Cuidados de Enfermagem




A singularidade de uma profissional múltipla
Trata-se de um estudo biográfico sobre a enfermeira, pedagoga, professora, pesquisadora e ex-deputada estadual Doutora Rosalda Cruz Nogueira Paim, no qual se destaca seu relevante papel na construção do campo científico da enfermagem brasileira, bem como seu compromisso com a saúde, a educação, a enfermagem e sua representação política. Para a enfermagem enquanto ciência e profissão, destaca-se sua singular construção teórico-metodológica sobre a sistematização da assistência.
Essa construção articula-se com uma visão ampliada da saúde, realizada também por outros profissionais já na década de 70, que Paim denominava de paradigma holístico(1) delineando, assim, a base teórico-conceitual de sua teoria sistêmica e ecológica. Sua obra apresentou uma ruptura teórica com o modelo de saúde vigente norteado pelo paradigma curativista, tecnicista e individual. Ela parte para um modelo das necessidades sociais da saúde, ampliando a visão da enfermagem para os diferentes níveis de atenção em saúde, numa perspectiva interdisciplinar, ecológica e sistêmica.
O conjunto da sua obra constitui um avanço para a saúde e a enfermagem quando trata do sistemismo, da ecologia e da cibernética, denominados atualmente de cuidado essencial, ecológico e complexo.
Nessa perspectiva, objetiva-se descrever a trajetória pessoal e profissional de Rosalda Paim. Trata-se de uma narrativa histórico-social em que a descrição dos fatos e fenômenosbiográficos é contextual e temática, sendo essas informações geradas a partir de referências impressas e online que tratam desse estudo(2). Desse modo, a descrição biográfica seguiu as seguintes temáticas: Trajetória pessoal e profissional: Um devir norteado pela dedicação à saúde e à enfermagem; Em defesa de um amplo projeto político e social: em defesa da vida; O título de professora emérita: o reconhecimento profissional; Contribuições teóricas: O sistemismo funda um novo modo de pensar e de fazer saúde e enfermagem.


Trajetória pessoal e profissional: um devir norteado pela dedicação à saúde e à enfermagem
Paim nasceu em Vila Velha, no Estado do Espírito Santo, em 26 de agosto de 1928, filha de Valeriano Rodrigues da Cruz e Lindaura Evangelista da Cruz.
Em 1950, graduou-se em Enfermagem pela Escola de Enfermagem do Estado do Rio de Janeiro, atualmente denominada Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa (EEAAC/UFF). Concluiu o Curso de Bacharel em Pedagogia em 1956 e licenciou-se no mesmo curso pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal Fluminense (UFF) em 1957.
Especializou-se nas áreas de pediatria, administração hospitalar e saúde pública. Realizou Mestrado em Educação na Faculdade de Educação da UFF e doutorou-se em 1974 em Enfermagem Materno-infantil, defendendo tese de livre docência pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro(3).
É professora titular do Departamento de Enfermagem Materno-Infantil da EEAAC da UFF, onde foi chefe de departamento. Desenvolveu atividades como docente de várias disciplinas, destacando a área materno-infantil, de saúde pública e de metodologia da pesquisa. Grande atuante nas atividades institucionais da UFF, destacando-se o Conselho Universitário,também realizou vários projetos de pesquisa e de extensão, destacando-se a criação do Núcleo de Atenção Primária e Educação e Saúde (NAPES) na Universidade Federal Fluminense e a Fundação da Creche, que hoje tem seu nome, localizada no centro da cidade de Niterói-RJ, atendendo às comunidades dos Morros do Arroz e da Chácara.
Por trabalhar na área materno-infantil, teorizou sobre a infância como uma fase do desenvolvimento humano que precisa ser considerada  um fenômeno em si, de direito da criança e não apenas como uma fase transitória(4). Ampliou essa visão para a saúde do adolescente, da mulher e do idoso.
Na década de 90, compôs um grupo de docentes que iniciou discussões com proposta de criação do curso de mestrado da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa da UFF, que foram retomadas no processo de criação do mestrado acadêmico em Ciências do Cuidado em Saúde da mesma instituição.
A visão ampla na produção de conhecimento de pesquisa na saúde e na enfermagem está expressa em suas obras. O trabalho de Paim propagou-se na enfermagem e para além dela, na educação, na ecologia, no planejamento em saúde e na assistência social, estabelecendo parcerias estaduais e nacionais.
Casou-se com Edson Paim, cirurgião dentista, médico, professor aposentado da UFF, parceiro de militância, de produção teórica, além de um grande companheiro que a acompanha há 60 anos.  Edson Paim atuou na fundação “do Partido Democrático Trabalhista (PDT), tendo sido Membro do Diretório Regional do Rio de Janeiro e Vice-Presidente da 2ª Zona Eleitoral de Município do Rio de Janeiro.”(5)
Rosalda Paim, mulher dedicada à família, humana, sensível, espirituosa e generosa, mostrou-se sempre firme em suas convicções e posições.
Além de enfermeira, pedagoga, professora, deputada e pesquisadora, ela foi sobretudo uma das mulheres singulares da Enfermagem, da saúde e da sociedade.Enfim, uma grande personalidade, visionária, militante política, defensora da saúde pública e dos cuidados de enfermagem nos diferentes ciclos da vida.
Tivemos oportunidade de conviver com a Professora Rosalda na academia, trabalhando e desenvolvendo projetos de pesquisa(3,6,7). Acompanhávamos seus constantes investimentos pelas causas sociais, equidade e  qualidade da saúde. Seus posicionamentos eram firmes, humanos e agregadores, enquanto colega de trabalho. Rosalda dizia que “tudo que é muito radical não ajuda”, ampliando, dessa forma, as possibilidades de diálogos transdisciplinares na saúde.

Em defesa de um amplo projeto político e social: em defesa da vida
Rosalda Paim tinha um projeto político sobre a vida, saúde e sociedade, no qual incluía a enfermagem como ciência, arte e profissão.
Ela posicionou-se em prol da democracia e dos direitos humanos no período da ditadura militar, sendo por vezes coagida. Em um de seus muitos relatos, contou-nos o fato de sua casa ter sido invadida por agentes do regime totalitário, sendo seus livros subtraídos por serem considerados subversivos.
Participou ativamente da Fundação do Partido Democrático Trabalhista (PDT) em Niterói-RJ e foi uma das responsáveis pelo processo de democratização dos serviços públicos de saúde na década de 80, participando das pré-conferências e conferências municipais de saúde.
Sua maior expressão política destaca-se como a primeira parlamentar enfermeira do Brasil no período de 1983 a 1987. Criou mais de 20 projetos de leis voltados para a área social e de saúde, dentre os quais destacam-se  os seguintes: O que proíbe a coleta remunerada de sangue; a criação do sistema estadual de creche; a criação do dia da pessoa idosa; a criação do serviço de saúde do adolescente; da obrigatoriedade de instalação de conselhos comunitários em unidades estaduais de saúde, educação e serviço social; e outras.(5:7)
Ao detalharmos temporalmente os Projetos de Lei da deputada Paim, observamos seu esforço árduo e contínuo na promulgação de leis que contribuíssem com as minorias sociais e que possibilitassem  conquistas de visibilidade para a  enfermagem e a  saúde.

Durante o período de seu mandato, destacam-se os  projetos de lei que abrangem a área da saúde, educação e cultura, demonstrando no seu exercício político a visão sistêmica e ecológica que preconizava.
Na área da saúde pública, criou o projeto lei que proíbe a propaganda e comercialização da doação de sangue. Também criou a comissão coordenadora para o saneamento, fiscalização sanitária de alimentos e a institucionalização de comissão de infecção hospitalar, confirmando sua ampla visão da saúde e seu compromisso ético e cidadão(8,9).

Sobre a atenção aos cuidados nos ciclos vitais humanos, destacam-se: a disposição para a implantação de alojamento conjunto nas maternidades municipais e estaduais e a criação do serviço de saúde voltado para os adolescentes. Também trabalhou para instituir o dia da pessoa Idosa e o programa estadual de planejamento familiar, além depresidir a Comissão de saúde e de Educação da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro(8,9).
Em relação às medidas sociais e políticas, destaca-se sua integração na Comissão de elaboração do Estatuto da Mulher e sua nomeação pelo presidente da república José Sarney ao cargo de Vice-presidente da União Parlamentar Interestadual(5).
Na área de transporte, dispôs sobre a gratuidade em ônibus e barcas para praças das forças armadas, bem como a instalação de um degrau inferior nos ônibus do Estado do Rio de Janeiro com vistas a facilitar a locomoção da população.
Na área cultural, instituiu atividades como festivais de cultura e afins no calendário cívico-cultural do Estado do Rio de Janeiro e criou o Programa de desenvolvimento artesanal do Estado do Rio de Janeiro(8,9).
No campo da educação, criou e denominou várias instituições de ensino estadual e municipal voltadas para a educação pública integral, bem como a legislação do sistema estadual de creches. Destaca-se também a institucionalização da comemoração do dia mundial da paz nas escolas estaduais, fato que nos remete ao pensamento de Edgar Morin, que preconiza a educação para a paz e não para a guerra(10).


O título de professora emérita: o reconhecimento profissional
Dentre as homenagens prestadas pela EEAAC/UFF, destacamos o nome dado ao Auditório principal desta instituição: “Auditório Rosalda Paim”; o título de Professora Emérita, pelo Reitor da UFF; a Semana de Estudos e Pesquisas Rosalda Paim; e as diversas homenagens prestadas nos eventos científicos da EEAAC.
O Estádio do complexo esportivo da cidade de Anastácio, em Mato Grosso do Sul, foi nomeado “Rosalda Paim”. Em Niterói, a Creche Municipal Rosalda Paim localiza-se no centro da cidade, em frente à Escola de Enfermagem. De fato, o nome de Rosalda Paim entrou definitivamente na cultura fluminense, demarcando espaço e dando uma dimensão política e social ao seu trabalho.
Paim identificava a si mesma como enfermeira e tinha uma visão abrangente da saúde, característica que permeia tanto as articulações interdisciplinares de seus projetos e ações, quanto  sua atitude transdisciplinar do cuidado, da sociedade e da vida.
No dia 25 de maio de 1995, ela deveria ter recebido o título de cidadã honorária do Estado do Rio de Janeiro, outorgado pela Assembleia Legislativa(5,8) . Mas, por problemas pessoais, este título foi somente entregue em 15 de maio de 2012 pela deputada estadual Rejane de Almeida, no Auditório da EEAAC/UFF.
Também recebeu o título de cidadã dos municípios fluminenses de Duque de Caxias, de Niterói e de Italva, no Estado do Rio de Janeiro, e de Anastácio, no Mato Grosso do Sul, atribuídos pelas respectivas câmeras de Vereadores(5,8).

Participou de vários congressos como conferencista e relatora de trabalhos, destacando-se o I Simpósio Brasileiro de Teorias de Enfermagem, realizado de 20 a 24 de maio de 1985, em que o trabalho intitulado Teoria Sistêmica de Enfermagem ainda vem tendo forte impacto na Enfermagem Brasileira(11).

Contribuições teóricas: O sistemismo funda um novo modo de pensar e de fazer saúde e enfermagem
A sua Teoria Sistêmica e Ecológica, datada de 1974, foi inicialmente defendida como tese de livre docência em Teoria Sistêmica de Enfermagem na Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro. Suas reflexões ancoram-se no modelo sistêmico de Mário Chaves(12).
Em 1978, define a Teoria Sistêmica de Enfermagem, que visa superar a visão curativista e centrada no hospital por um modelo sistêmico e ecológico. Neste sentido, redimensiona a concepção dos cuidados centrados nas necessidades humanas básicas do cliente para as necessidades globais de saúde, considerando o meio ambiente, a cibernética, o modelo sistêmico e ecológico.
Dentre os vários artigos e livros, destacam-se: Problemas de Enfermagem e Terapia Centrada nas Necessidades do Paciente; Metodologia Científica da Enfermagem; e um Paradigma para a Enfermagem(3). Nesses dois últimos explicita a sistematização da assistência de enfermagem, tomando por base um modelo sistêmico ecológico e cibernético. Assim, antes mesmo de serem discutidas as questões referentes à integralidade na saúde e à humanização do cuidado, Paim e Paim já apresentavam propostas de mudanças paradigmáticas na saúde e na enfermagem. Tinham uma visão inter e transdisciplinar na saúde, mas mantinham o zelo, a proximidade, a especificidade da enfermagem e sua relevância social e política. Esta percepção sobre a práxis da enfermagem também orienta o pensar e o fazer de enfermeiras que construíram parcerias com Rosalda Paim. Este é o caso da enfermeira idealista Sidênia Alves Sidrião que, conhecida por sua integridade na politica e respeitada pelos segmentos de alunos, professores e funcionários técnico-administrativos da comunidade universitária, é uma referência, corroborando para o fato de que a militância, força política e ideais dinâmicos também marcam a trajetória da enfermagem(13).
A tônica da visão sistêmica, ecológica, cibernética e informacional desenvolvida por Paim e Paim, quando aplicada à assistência em saúde, seria a ampliação do espaço corporal do sistema humano (pessoa, família, comunidade, sociedade) assistida ou cuidada, a fim de abranger seu ambiente imediato ou próximo. 
Rosalda Paim contribuiu teoricamente para o avanço de conceitos pós-modernos aplicados à saúde e à enfermagem quando ainda predominava o paradigma curativista e centrado no profissional médico e suas ações, desconsiderando as possíveis relações entre o homem e o meio.


Uma profissional para além de seu tempo
A trajetória profissional de Rosalda Paim é norteada por marcos teóricos, sociais e políticos da virada do século XX para o XXI no Brasil e no Estado do Rio de Janeiro, de modo que a mesma teve um papel de destaque no processo de modernização da enfermagem brasileira, na formação do enfermeiro e profissionais de saúde, na democratização brasileira e na mudança de paradigma na atenção em saúde.
A biografia de Paim contextualiza-se no período que abarca a fase desenvolvimentista do Brasil, período dos movimentos sociais de base e período ditatorial, quando houve conquistas sociais na saúde e processo de redemocratização do país. Nessa época, Paim teve uma participação política efetiva, culminado na sua eleição como deputada estadual, quando criou vários projetos sociais.
Contrapondo-se ao modelo médico curativista, tecnicista e da medicina dos órgãos, Paim propôs um modelo sistêmico, ecológico e cibernético de atenção à saúde, e criou uma teoria e uma metodologia de assistência de enfermagem inter e transdisciplinar que se coaduna com os princípios do Sistema Único de Saúde. Portanto, o pensamento de Paim sempre esteve além de seu tempo; é atual e apresenta aderência com o cuidado essencial, ecológico e sistêmico.
Quanto à especificidade para o campo da enfermagem, idealizou uma sistematização da assistência voltada para as necessidades globais de saúde e que apresenta contribuições para o planejamento e intervenções na saúde de modo humano científico e holístico. Assim sendo, esta enfermeira é referência para a saúde e para a enfermagem brasileira e, portanto, merece nosso reconhecimento e  lembrança.

REFERÊNCIAS
1. Paim RCN. Um paradigma para a Enfermagem - Teoria Sistêmico-Ecológica. Rio de Janeiro: CDB - Gráfica & Editora; 1991.
2. Azevedo J, Carvalho V, Gomes M. Waleska Paixão: uma biografia a serviço da enfermagem brasileira. Esc Anna Nery Rev Enferm. 2009; 13(1): 31-35.
3. Paim RCN. Metodologia Científica e Enfermagem. Rio de Janeiro: Pontifícia Universidade Católica (PUC); 1974.
4. Paim RCN. Problemas de Enfermagem e Terapia Centrada nas Necessidades Paciente. Rio de Janeiro: Luna; 1978.
5. Paim E, Paim RCN. Sistemismo Ecológico Cibernético e Informacional: um paradigma holístico. Varginha: GE Sul Mineira; 2004.
6. Paim RCN. Metodologia Científica em Enfermagem. Rio de Janeiro: Editora do Autor; 1980.
7. Paim RCN. Metodologia. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo; 1986.
8. Blog do Paim [homepage in the Internet]. Rosalda Paim. [cited 2011 apr 15]. Available from: http://rosaldaparlamentar.blogspot.com/2007/10/rosalda-paim-1114-1987-determina.html.
9. Blog do Paim [homepage in the Internet]. Rosalda Paim. [cited 2011 apr 15]. Available from: http://sistemismoecolgico.blogspot.com/2007_02_01_archive.html. 2009.
10. Morin E. Introdução ao Pensamento Complexo. São Paulo: Sulina; 2005.
11. Anais do 1. Simpósio Brasileiro de Teorias de Enfermagem; Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina; 1985.
12. Chaves M. Saúde e Sistemas. Rio de Janeiro: FGV; 1972.
13. Abrahão  AL, Daher DV, Santos NTP. Uma vida, uma história, uma enfermeira: Sidênia Alves Sidrão de Alencar Mendes. Online braz j nurs [serial on the Internet]. 2012 Apr [cited 2012 Jul 03]; 11(1). Available from: http://www.objnursing.uff.br/index.php/nursing/article/view/3748.


Autores:
Enéas Rangel Teixeira - Participação como redator e revisor textual. Donizete Vago Daher – Participação em revisão literária e organização temática. Rosimere Ferreira Santana –Participação em revisão literária. Thais Cordeiro Fonseca –Participação em organização textual, atualização e digitação de dados e trâmite de submissão.


Recebido: 18/07/2012
Aprovado: 01/08/2012


sexta-feira, 29 de maio de 2015

O Prefeito Heitor participa de encontro com Senador Delcídio em Brasília.

Brasília

Nesta segunda-feira, 18 de maio, o prefeito de Porto Murtinho Heitor Miranda dos Santos participou de uma reunião no Palácio do Planalto em Brasília a convite do senador Delcídio, onde foram discutidos investimentos do governo federal em Mato Grosso do Sul. O grupo foi recebido pelo Secretário de Relações Institucionais da Presidência da República, Eliseu Padilha.
“O ministro Padilha é quem está cuidando dos repasses de recursos federais para os municípios. Entregamos a ele uma relação com as emendas parlamentares que aguardam apenas a liberação do governo para que as prefeituras possam iniciar os processos licitatórios e executar as obras. Ele se comprometeu a dar prioridade a essas demandas, tanto na análise das propostas e dos convênios, como também nas liberações financeiras”, revelou o senador.

Heitor e os demais prefeitos presentes na reunião discutiram com Padilha o decreto presidencial 8.407, que fixa o dia 30 de junho como data final para o início das obras que ainda não tenham começado por falta de medição, que é feita pela Caixa Econômica Federal.
“O Senador Delcídio pediu ao ministro a revisão desse decreto e ele sinalizou a possibilidade de haver uma prorrogação de 60 dias, o que ajudará bastante os prefeitos, não só os de Mato Grosso do Sul, mas de todo o país”, comentou Delcídio.
O parlamentar sul-mato-grossense, que é o líder do governo no Senado, se colocou à disposição para ajudar a resolver as demandas dos municípios em Brasília, começando com os prefeitos do PT e atendendo também os de outros partidos.

Participaram da reunião os prefeitos Paulo Duarte (Corumbá), Maria Viana (Deodápolis), Erney Cunha (Jardim), Juliana Almeida (Miranda), Selso Lozano (Antônio João), Jorge Diogo (Brasilândia), Manoel Viais (Caracol), José Antônio (Ladário), Heitor Miranda (Porto Murtinho), Vanderley Mota (Pedro Gomes), Marta Araújo (Eldorado) e Vanderley Bispo (Japorã), além do vice-prefeito de Mundo Novo, Nivaldo Marques e a Secretária de Desenvolvimento de Rio Verde, Luciene Brandão, representando o prefeito Mario Kruger.

terça-feira, 26 de maio de 2015

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domingo, 24 de maio de 2015

Gene que muda sexo de mosquitos pode ser nova arma contra a dengue

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O Aedes aegypti é vetor de doenças graves como dengue, febre amarela, febre zika e chicungunha, mas não são todos os mosquitos da espécie que ameaçam a saúde humana. Os machos são considerados inofensivos, pois apenas as fêmeas picam porque precisam de sangue para o desenvolvimento de ovos. Com isso em mente, pesquisadores acreditam que uma proporção maior de machos reduziria a transmissão de doenças, e uma nova descoberta abre caminho para a mudança de sexo dos insetos por meio de alterações genéticas.
O estudo realizado por uma equipe do Instituto Fralin de Ciências da Vida, da Universidade Virginia Tech, identificou um gene responsável pela determinação do sexo nos mosquitos. Batizado como Nix, o interruptor genético fica escondido no genoma dos insetos, por isso nunca havia sido descoberto. Nos testes de laboratório, os cientistas injetaram o Nix em embriões e descobriram que mais de dois terços dos mosquitos fêmea desenvolveram genitais masculinos. Quando o Nix foi retirado de exemplares adultos, usando um método de edição do genoma, insetos machos desenvolveram genitais femininos.
— O Nix nos proporciona oportunidades para aproveitar a diferenciação sexual do mosquito para lutar contra doenças infecciosas — disse Jake Zhijian Tu, professor de bioquímica no Instituto Fralin.
A ideia, dizem os pesquisadores, é criar estratégias de controle do mosquito, seja convertendo fêmeas em machos ou eliminando seletivamente as fêmeas.
— Nós ainda não estamos lá, mas o objetivo final é estabelecer linhagens transgênicas que forcem a manifestação do Nix em fêmeas para convertê-las em machos inofensivos — explicou Zach Adelman, professor associado no Instituto Fralin.
Já existem testes em andamento com o uso de transgênicos para reduzir a população de mosquitos, inclusive no Brasil. Em abril do ano passado, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou projeto que libera a comercialização de um espécime que ao copular com fêmeas nativas gera descendentes incapazes de alcançar a vida adulta.
— Hoje pode-se fazer qualquer coisa com a genética — afirmou José Maria Ferraz, professor da Universidade Federal de São Carlos (SP) e ex-membro do CTNBio. — Mas existem riscos que devem ser avaliados. Você está manipulando algo que levou milhares de anos para se desenvolver na natureza.
Ao combater o Aedes aegypti, existe a possibilidade de outras espécies, como o Aedes albopictus, assumirem o seu lugar. Outra possibilidade é de os descendentes que sobreviverem com a alteração genética serem mais eficientes na transmissão das doenças.
O Aedes Aegypti é uma espécie nativa do continente africano, que começou a se espalhar pelo mundo a bordo de navios no século XVIII. A espécie é tratada como questão de saúde pública, por ser bem adaptada aos ambientes humanos e ser vetor de graves doenças, entre elas a dengue. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a incidência da dengue vem aumentando nas últimas décadas. Estimativas apontam para 390 milhões de infecções por ano, sendo que 96 milhões desenvolvem complicações clínicas.
— A redução seletiva de populações do Aedes aegypti em áreas onde eles não são nativos teria um pequeno impacto ambiental, e uma drástica melhoria na saúde humana — disse Brantley Hall, que também assina o estudo.
Fonte: O Globo

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Porto Murtinho

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Município de Porto Murtinho
"Portal-sul do Pantanal"
"Última guardiã do Rio Paraguai"
Bandeira de Porto Murtinho
Brasão desconhecido
Bandeira Brasão desconhecido
Hino
Aniversário 13 de junho
Fundação 13 de junho de 1912 (102 anos)
Emancipação 13 de junho de 1911
Gentílico murtinhense
Padroeiro(a) Sagrado Coração de Jesus
Prefeito(a) Heitor Miranda dos Santos (PT)
(2013–2016)
Localização
Localização de Porto Murtinho
Localização de Porto Murtinho no Mato Grosso do Sul
Porto Murtinho está localizado em: Brasil
Porto Murtinho
Localização de Porto Murtinho no Brasil
21° 41' 56" S 57° 52' 58" O
Unidade federativa  Mato Grosso do Sul
Mesorregião Pantanais Sul-Mato-Grossenses IBGE/2008 1
Microrregião Baixo Pantanal IBGE/2008 1
Municípios limítrofes Corumbá, Miranda, Bonito, Jardim e Caracol
Distância até a capital federal: 1 463 km
estadual: 437 km2
Características geográficas
Área 17 734,925 km² (MS: 2º)3
Área urbana 2,352 km² (MS: 39º) – est. Embrapa4
Distritos Porto Murtinho (sede), Colônia Cachoeira
População 15 530 hab. (MS: 37º) –  est. IBGE 20115
Densidade 0 875 hab/km² hab,/km²
Altitude 90 m 6
Clima tropical Aw
Fuso horário UTC−4
Indicadores
IDH-M 0,698 (MS: 73º) – médio PNUD/2000 7
Gini 0,470 (MS: 73º) – est. IBGE 20038
PIB R$ 194 882,431 mil (MS: 35º) – IBGE/20089
PIB per capita R$ 12 710,00 IBGE/20089
Página oficial
Porto Murtinho é um município brasileiro da região Centro-Oeste, situado no estado de Mato Grosso do Sul. A cidade é considerada a última guardiã do Rio Paraguai, sendo também portal-sul do Pantanal.

Índice

Geografia

Localização

O município de Porto Murtinho está situado no sul da região Centro-Oeste do Brasil, no Pantanais Sul-Mato-Grossenses (Microrregião do Baixo Pantanal). Localiza-se a uma latitude 21º41'56" Sul e a uma longitude 57º52'57" Oeste. Distâncias:

Geografia física

Solo

Duas classes de solos dominam o município: o planossolo de textura arenosa/média e média e o neossolo de elevada fertilidade natural. E em menores proporções o gleissolos.

Relevo e altitude

Com altitude de 90 m, a diversidade topográfica é bastante marcante, principalmente na sua porção leste, onde encontram-se cristas simétricas, bordas de patamar e modelados de dissecação colinosas e aguçadas. Os modelados tabulares estão entremeados a áreas planas, de feições de acumulação bastante diversas, quanto mais se aproxima das margens do rio Paraguai. O município de Porto Murtinho divide-se em três Regiões Geoambientais:
  • Região da Bodoquena e Morrarias do Urucum Amolar com a unidade Serra da Bodoquena;
  • Região do Pantanal Matogrossense com as Unidades: Pantanal do Apa-Amonguijá – Aquidabã, Pantanal do Rio Verde, Planície do Paraguai e Planície do Nabileque;
  • Região da Depressão do Alto Paraguai, com a unidade Depressão do Apa e Planícies Coluviais Pré-Pantanal.
Apresenta relevos elaborados pela ação fluvial. Relevo plano, geralmente elaborado por várias fases de retomada erosiva, áreas planas resultante de acumulação fluvial sujeita a inundações periódicas, área plana ou embaciada, zonal, argilosa e/ou arenosa, sujeita a inundações periódicas, ligadas ou não à rede de drenagem atual.

Clima, temperatura e pluviosidade

Tropical úmido e subúmido, período de chuvas de setembro a abril, com maior intensidade em dezembro. As temperaturas médias do mês mais frio são menores que 20 °C e maiores que 18 °C. O período seco estende-se de 03 a 04 meses. A precipitação vária entre 1.000 e 1.700mm anuais. Normais climatológicos de Porto Murtinho:
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura Média °C 23.3 23.5 23.1 22.6 20.8 19.8 18.8 21 23.2 23.3 23.4 23.1 22.2
T. Mínima Absoluta °C 14.8 14.3 14.1 7.7 2.4 -4.5 (1) -1.6 4.3 8 9.6 12.9 15 -4.5
T. Mínima Média °C 18.9 19.1 16.9 17.3 14.1 11.4 9.4 11.4 15.6 17.5 18.5 18.6 15.7
T. Máxima Média °C 29.5 29.6 30 30.3 29.2 29.8 29.6 31.9 32.5 31.2 30.3 29.4 30.3
T. Máxima Absoluta °C 35.8 35.2 36.6 33.6 33.1 33.2 34.3 37.6 38.2 38.2 (2) 36 34.8 38.2
Prec. Média mm 300.2 259.5 281.4 132.9 56.7 8.5 10.9 16.8 93.9 161.3 263.9 321 1910
Prec. Máxima 24h mm 67 79 66 112 (3) 66 35.4 61 66 61.6 65.2 94 93.2 112
Umidade Rel. do Ar % 85 85 85 85 90 71 67 61 67 80 85 88 79
  1. Junho de 1933;
  2. Setembro/Outubro de 1926;
  3. Abril de 1935.

Hidrografia

Rios do município:
Rio Paraguai
Rio Paraguai, principal rio que banha o município de Porto Murtinho
Afluente pela margem direita do rio Paraná, entrando neste na Argentina, nas proximidades da cidade de Corrientes; nasce no estado de Mato Grosso e corta o Pantanal sulmato-grossense de norte a sul. Divisa do município de Porto Murtinho (Brasil) com a República do Paraguai.
Outros rios
  • Rio Apa: afluente pela margem esquerda do rio Paraguai, nasce no município de Bela Vista, divisa do Brasil (Porto Murtinho) com a República do Paraguai.
  • Rio Amonguijá: afluente pela margem esquerda do rio Paraguai, desaguando nele pouco acima da cidade de Porto Murtinho. Fica nesse município. Nasce na serra da Bodoquena.
  • Rio Aquidabã: afluente pela margem esquerda do rio Paraguai, desaguando nele pouco acima da foz do rio Branco. Fica no município de Porto Murtinho. Nasce na serra da Bodoquena.
  • Rio Branco: afluente pela margem esquerda do rio Paraguai, no município de Porto Murtinho.
  • Rio Nabileque: afluente pela margem esquerda do rio Paraguai. Nasce no Pantanal do Nabileque, ao sul do município de Corumbá, fazendo divisa entre este município e o de Porto Murtinho.
  • Rio Naitaca: afluente pela margem esquerda do rio Nabileque, fazendo divisa entre os municípios de Corumbá e Porto Murtinho.
  • Rio Perdido: afluente pela margem direita do rio Apa, na fronteira entre Brasil e a República do Paraguai. Nasce na borda oriental da serra da Bodoquena, é limite entre os municípios de Porto Murtinho e Caracol e Porto Murtinho e Jardim.
  • Rio Tarumã: afluente, pela margem esquerda do rio Paraguai, desaguando cerca de 20 km acima (a montante) da cidade de Porto Murtinho.
  • Rio Tereré: afluente pela margem esquerda do rio Paraguai, no município de Porto Murtinho.

Vegetação

Distribuída quase que eqüitativamente a cobertura é típica do Pantanal (Cerrado Estépico), Cerrado e Floresta Estacional Decidual e Semidecidual. Há também pastagem cultivada e alguma lavoura.

Geografia política

Fuso horário

Está a -1 hora com relação a Brasília e -4 com relação ao Meridiano de Greenwich (Tempo Universal Coordenado).

Área

Ocupa uma superfície de 17 734,925 km².
Pantanal

Portal A Wikipédia possui o portal:
A Unesco reconheceu o Pantanal como uma das mais exuberantes e diversificadas reservas naturais do Planeta integrando-o ao acervo dos patrimônios da humanidade. Localizado no interior da América do Sul, é a maior extensão úmida contínua do planeta, possuindo cerca de 250 mil km². Destaca-se pelas inúmeras espécies de animais e vegetações decorrentes do ambiente contraditório que alterna entre períodos úmidos e de estiagem. O Pantanal entretanto não é um só. Existem dez pantanais na região com características diferentes: Nabileque - 9,4 %; Miranda - 4,6%; Aquidauana - 4,9 %; Abobral - 1,6 %; Nhecolândia - 17,8 %; Paiaguás - 18,3 %; Paraguai - 5,3 %; Barão de Melgaço - 13,3 %; Poconé - 12,9 %; Cáceres - 11,9 %.
A beleza proporcionada pela paisagem pantaneira fascina pessoas de todo o mundo fazendo com que o turismo se desenvolva em vários municípios da região. O desenvolvimento de um pensamento ambientalista e social para o pantanal tem levado vários pesquisadores a discutirem o impacto da ocupação humana neste ecossistema. Dentre os principais problemas ambientais destacamos: a pesca predatória; a caça de jacarés; a poluição dos rios da bacia do Paraguai; os garimpos do Estado de Mato Grosso e a poluição das águas pelo mercúrio; a hidrovia Paraguai-Paraná. Tais questões tem sido alvo de uma extensa discussão e algumas ações ambientais por parte dos órgãos ambientais e da comunidade tem coibido tais agressões.

Subdivisões

Porto Murtinho (sede) e Colônia Cachoeira.

Arredores

Faz divisa com Corumbá, Miranda, Bonito, Jardim e Caracol.

História

A fundação de Porto Murtinho está intimamente ligada com a Cia Matte Larangeira, responsável também pela fundação da cidade de Guaíra (Paraná).

Primórdios

Chegada da Empresa Matte Larangeira
O Decreto Imperial nº 8799, de 9 de dezembro de 1882, autorizava a Larangeira a exploração da erva-mate nativa, por um período inicial de 10 anos, entretanto esse decreto não impede a exploração por parte dos moradores locais.10 Larangeira funda então a Empresa Matte Larangeira11 a partir desta concessão imperial. Thomaz Larangeira trouxe do sul do país fazendeiros que conheciam o manejo da erva-mate, também foram utilizadas a mão-de-obra de índios da região e de paraguaios, iniciando o ciclo de produção da erva-mate.12
Com a proclamação da república a área de concessão é, sucessivamente, ampliada, sempre com o apoio de políticos influentes, como Joaquim Murtinho, Manuel José Murtinho e General Antônio Maria Coelho. Através do Decreto nº 520, de 23 de junho de 1890, são ampliados os limites de suas posses e consegue o monopólio na exploração da erva-mate em toda a região abrangida pelo arrendamento.
Aumento de produção
No início de 1892 os produtores de erva-mate do sul do Pantanal sentiram necessidade de criar um porto fluvial para centralizar o escoamento da produção. Depois de escolherem o local (a 50 km a montante do rio Apa, no rio Paraguai), a iniciativa do projeto, sob responsabilidade de Antônio Alves Corrêa, passou para a fazenda Três Barras, que teve 3600 hectares expropriados para integrar o povoado. Em julho de 1892 a Companhia Matte Larangeira comprou a Fazenda Três Barras, de propriedade do marechal Boaventura da Mota, à margem esquerda do rio Paraguai, e construiu um porto para exportação de erva-mate cancheada. Esse porto foi nomeado de Porto Fluvial Murtinho pelo Superintendente do Banco Rio e Mato Grosso Antônio Corrêa da Costa, em homenagem a Joaquim Murtinho. No mesmo ano é assinado novo contrato de concessão com o estado, com exclusividade para exploração dos ervais. Após assinado esse contrato, o Banco Rio Branco e Matto Grosso, da Família Murtinho, compra 14.540 ações (100$000 por ação), cabendo a Larangeira 460 ações. A empresa passa a se denominar Companhia Matte Larangeira, sendo obrigada a transferir a sua sede para o território do Mato Grosso.
Em 1895 quando a Cia. Matte Larangeira recebeu 5.000.000 ha em arrendamento de terras devolutas. Essa área compunha o território dos Kaiowás e Guaranis. Companhia utilizou ao longo da sua historia mão-de-obra indígena, principalmente das etnias Kaiowá e Guarani. A atividade gerava muito lucro estimulando o aumento da exportação.

Auge econômico

Venda da Matte Larangeira á Francisco Mendes Gonçalves & Cia
O então Porto Fluvial Murtinho foi elevado a distrito para Resolução 225, de 10 de abril de 1900. A região teve grande desenvolvimento graças à Companhia Mate Larangeira. O transporte do mate — colhido num vasto império extrativo no atual estado de Mato Grosso do Sul — exigia 800 carretas e 20 mil bois. A Companhia encarregava-se da exploração e exportação da erva semi-elaborada (cancheada) para Buenos Aires. A erva-mate atingiu outros grandes centros urbanos como Assunção (Paraguai) e até Inglaterra, França e Itália.
Nesta localidade, outra empresa, a argentina Francisco Mendes Gonçalves & Cia, encarregava-se da industrialização e distribuição do produto no mercado externo. Após denuncias do Superintendente, Dr. Antonio Corrêa da Costa e de prejuízos com o transporte da produção da Matte Larangeira, o Banco Rio Branco decreta falência em 1902 e Thomaz Larangeira adquire seu espólio, já a Cia Matte Larangeira é vendida a companhia Francisco Mendes & Cia, passando a se chamar Larangeira Mendes e Companhia.
Construção da ferrovia e município de Porto Murtinho
Trem de Porto Murtinho que parte para São Roque em 1913
Ao aproximar-se do rio Paraguai, o terreno torna-se pantanoso, e a Mate Laranjeira viu-se obrigada a construir um "aterro ferroviário". Foi finalizada em 1906, para facilitar o transporte de erva-mate, uma ferrovia (Estrada de Ferro Porto Murtinho a São Roque), ligando o Porto Geral a Fazenda São Roque, com extensão máxima de 22 á 25 km.13 O projeto inicial de 1898 do Dr. Antonio Corrêa da Costa previa uma extensão de 42 léguas (231 a 277 km).14 Já em 1910 ocorre a transferência do foco principal de exploração de erva mate para o Rio Paraná, reduzindo a sua importância estratégica para a empresa.
Porto Fluvial Murtinho é elevada à categoria de vila com a denominação de Porto Murtinho (sem o Fluvial) pela Lei Estadual nº 560, de 20 de junho de 1911, ou Decreto Estadual nº 310, de 2 de abril de 1912, desmembrado do município de Corumbá e sede no atual distrito de Porto Murtinho (ex-povoado), sendo instalado em 13 de junho de 1912.

Decadência

Início do fim de uma grande companhia
A sede da Companhia Matte Larangeira foi transferida em 1918 de Porto Murtinho para a Fazenda Campanário, próximo ao município de Caarapó. Sendo que a erva passou a ser exportada pelo Rio Paraná, ficando somente a produção dos ranchos próximos exportada por Porto Murtinho. Desde 1902 a Companhia estabelece-se em Guaíra, inicialmente denominada de Porto Monjoli,15 iniciando a construção de uma ferrovia Estrada de Ferro Guaíra a Porto Mendes em 1911, que transporia as corredeiras da Sete Quedas. Em 1919 Porto Murtinho tornou-se comarca.
Cidade de Porto Murtinho e Território de Ponta Porã
Porto Murtinho foi elevado à condição de cidade com essa denominação pela Lei Estadual nº 962, de 12 de julho de 1926. Em 1943 fez parte do Território Federal de Ponta Porã, extinto em 1946. A empresa Matte Larangeira recebeu um prazo para a liquidação de seus negócios e seus edifícios foram todos leiloados, bem como todas as estalagens, oficinas, rebanhos e tropas. A empresa continuou operando a EF Porto Murtinho, transportando madeira (quebracho) da empresa até a usina da Floresta Brasileira S. A. para extração de tanino, até pelo menos 1958, existindo indicações (vagas) de que, em 1971, os trens ainda estariam em operação.
Em 1982 a cidade foi atingida por uma grande enchente, problema este resolvido três anos depois com a construção de um dique de contenção.

Topônimo

Seu nome é uma homenagem a Joaquim Murtinho, senador mato-grossense e Ministro da Fazenda do Governo Campos Sales.

Demografia

Sua população em 2011, de acordo com o IBGE, era de 15.530 habitantes.

Economia

Uma das atividades mais representativas de Porto Murtinho é a agropecuária, além da exploração do quebracho (de onde se extrai o tanino). Porto Murtinho passou por um período de prosperidade na época do ciclo da erva-mate. A cidade também tem sua riqueza mineral lastreada principalmente na cal de pedra.

Turismo

O turismo de pesca é a sua principal atividade econômica. O trecho do Rio Paraguai em Porto Murtinho é um dos mais piscosos do Brasil, sendo por isso a pesca, além da fauna e flora, o principal atrativo da cidade. Dali partem vários barcos com pescadores e turistas.
  • Castelinho (Rua Doutor Correia, 456 - Centro): Esse castelo foi construído por um comerciante da cidade, casado com uma européia, para convencer sua esposa a permanecer na cidade. Sua mulher queria que o comerciante construísse uma réplica dos castelos europeus para ela não sentir mais saudade da Europa. Possuía energia elétrica própria, água encanada e seus móveis eram importados daquele continente.
  • Ilha da Margarida: zona de livre comércio localizada no lado paraguaio. Para chegar até lá é preciso atravessar o rio, pois não existe ponte que ligue as duas regiões.

Infraestrutura

Transporte

  • BR-267
  • Terminal rodoviário de Porto Murtinho

Forças armadas

Comando do Exército
Organização Sigla
2ª Companhia de Fronteira 2ª Cia Fron

Ver também

Referências


  • Divisão Territorial do Brasil Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Visitado em 11 de outubro de 2008.

  • Mapas e rotas Guia 4 Rodas. Visitado em 3 de novembro de 2011.

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  • Urbanização das cidades brasileiras Embrapa Monitoramento por Satélite. Visitado em 30 de Julho de 2008.

  • Estimativa Populacional 2011 Censo Populacional 2010 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2011). Visitado em 13 de setembro de 2011.

  • Mato Grosso do Sul Embrapa. Visitado em 19 de julho de 2011.

  • Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil Atlas do Desenvolvimento Humano Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000). Visitado em 11 de outubro de 2008.

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  • Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Visitado em 11 dez. 2010.

  • Adelaido Luiz Spinosa Vila. Participação da mão-de-obra indígena na Companhia Matte Larangeira. Visitado em 8 de março de 2009.

  • Alcimar Lopes Lomba. O transporte ferroviário na Companhia Mate Laranjeira (1906-1944). [S.l.]: Universidade Federal do Mato Grosso do Sul / Dourados, 2002.

  • PM Porto Murtinho. Histórico. Visitado em 5 de junho de 2009.

  • Ralph Mennucci Giesbrecht. E. F. Mate Laranjeira (Município de Porto Murtinho, MS). Visitado em 25 de maio de 2009.

  • Cesar Rogério Cabral / Markus Hasenack / Rovane Marcos de França. MÓDULO I UNIDADE CURRICULAR TOPOGRAFIA I. [S.l.]: CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE SANTA CATARINA.

    1. Prof. Dr. Omar Fedato Aleksiejuk. Cronologia Histórica de Guairá. Visitado em 6 de março de 2009.

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