O prefeito do município de Porto Murtinho Nelson Cintra Ribeiro (PSDB) e a vereadora Rosangela Baptista (PMDB) foram convidados pelo governador André Puccinelli para participar junto com outros 26 prefeitos do MS de reunião dia 17, objetivando, mobilizar municípios, deputados estaduais e federais, sindicalistas e produtores rurais para discutir contra sete portarias publicadas pela Fundação Nacional do Índio (Funai) na edição de segunda-feira (14) do Diário Oficial da União, estabelecendo os parâmetros de um processo de demarcação linear de área indígena em Mato Grosso do Sul.
As portarias 788, 789, 790, 791, 792 e 793 estabelecem o início do processo antropológico de demarcação de terras indígenas da etnia Guarani. Serão criados grupos de estudos técnicos para identificar as áreas estabelecidas, que terão oito meses para produzir um parecer sobre os trabalhos.
A demarcação atinge os municípios de Antonio João, Amambaí, Aral Moreira, Bela Vista, Bonito, Caarapó, Caracol, Coronel Sapucaia, Dourados, Douradina, Fátima do Sul, Iguatemi, Japorã, Jardim, Juti, Laguna Carapã, Maracaju, Mundo Novo, Naviraí, Paranhos, Ponta Porã, Porto Murtinho, Rio Brilhante, Sete Quedas, Tacuru e Vicentina, que juntos correspondem às regiões Sul e Fronteira, responsável pelo maior volume de produção de grãos do Estado.
A portaria preocupa produtores e prefeitos, que alegam falta de participação na determinação dos estudos para a demarcação das áreas.Após o encontro, os representantes dos municípios assinaram um termo solicitando a revogação das portarias, que será enviado pelo governo do Estado ao presidente Luis Inácio Lula da Silva.
O prefeito de Murtinho, Nelson Cintra comentou que irá promover encontros e reuniões com produtores rurais, sindicato da categoria, bancada estadual e federal e com toda sociedade murtinhense para repassar informações sobre a respectiva Portaria da FUNAI e criar um grande movimento contrário a tal medida, que segundo o prefeito atinge o município de Porto Murtinho, que de acordo com o documento faz parte da área onde será implantada a chamada `Nação Guarani`. De acordo com as informações preliminares, os locais onde foram detectados ser territórios indígenas deverão ser desocupados pelos produtores rurais e não haverá pagamento de indenizações.
Aquidauana News
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