terça-feira, 2 de junho de 2015


Rosalda paim: uma enfermeira para além de seu tempo


Enéas Rangel Teixeira1, Donizete Vago Daher2, Rosimere Ferreira Santana3, Thais Cordeiro Fonseca4
1,2,3,4Universidade Federal Fluminense



RESUMO
Trata-se da biografia da enfermeira, pedagoga, professora, pesquisadora e deputada estadual Rosalda Cruz Nogueira Paim. Objetivo: O objetivo é descrever a trajetória pessoal e profissional dessa enfermeira que muito contribuiu para a enfermagem fluminense e brasileira. Método: Estudo do tipo narrativa histórico-social. Resultados: Descrição dos fatos e fenômenos da biografia num percurso analítico, contextual e temático. Discussão:Os dados são apresentados através de temáticas: Trajetória pessoal e profissional: Um devir norteado pela dedicação à saúde e à enfermagem; Em defesa de um amplo projeto político e social: em defesa da vida; O título de professora emérita: o reconhecimento profissional; Contribuições teóricas: O sistemismo funda um novo modo de pensar e de fazer saúde e enfermagem. Conclusão: Paim criou um modelo de sistematização teórica e metodológica para a enfermagem brasileira com repercussões na saúde e na sociedade.
Palavras-chave: Biografia. Teoria de Enfermagem. Cuidados de Enfermagem




A singularidade de uma profissional múltipla
Trata-se de um estudo biográfico sobre a enfermeira, pedagoga, professora, pesquisadora e ex-deputada estadual Doutora Rosalda Cruz Nogueira Paim, no qual se destaca seu relevante papel na construção do campo científico da enfermagem brasileira, bem como seu compromisso com a saúde, a educação, a enfermagem e sua representação política. Para a enfermagem enquanto ciência e profissão, destaca-se sua singular construção teórico-metodológica sobre a sistematização da assistência.
Essa construção articula-se com uma visão ampliada da saúde, realizada também por outros profissionais já na década de 70, que Paim denominava de paradigma holístico(1) delineando, assim, a base teórico-conceitual de sua teoria sistêmica e ecológica. Sua obra apresentou uma ruptura teórica com o modelo de saúde vigente norteado pelo paradigma curativista, tecnicista e individual. Ela parte para um modelo das necessidades sociais da saúde, ampliando a visão da enfermagem para os diferentes níveis de atenção em saúde, numa perspectiva interdisciplinar, ecológica e sistêmica.
O conjunto da sua obra constitui um avanço para a saúde e a enfermagem quando trata do sistemismo, da ecologia e da cibernética, denominados atualmente de cuidado essencial, ecológico e complexo.
Nessa perspectiva, objetiva-se descrever a trajetória pessoal e profissional de Rosalda Paim. Trata-se de uma narrativa histórico-social em que a descrição dos fatos e fenômenosbiográficos é contextual e temática, sendo essas informações geradas a partir de referências impressas e online que tratam desse estudo(2). Desse modo, a descrição biográfica seguiu as seguintes temáticas: Trajetória pessoal e profissional: Um devir norteado pela dedicação à saúde e à enfermagem; Em defesa de um amplo projeto político e social: em defesa da vida; O título de professora emérita: o reconhecimento profissional; Contribuições teóricas: O sistemismo funda um novo modo de pensar e de fazer saúde e enfermagem.


Trajetória pessoal e profissional: um devir norteado pela dedicação à saúde e à enfermagem
Paim nasceu em Vila Velha, no Estado do Espírito Santo, em 26 de agosto de 1928, filha de Valeriano Rodrigues da Cruz e Lindaura Evangelista da Cruz.
Em 1950, graduou-se em Enfermagem pela Escola de Enfermagem do Estado do Rio de Janeiro, atualmente denominada Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa (EEAAC/UFF). Concluiu o Curso de Bacharel em Pedagogia em 1956 e licenciou-se no mesmo curso pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal Fluminense (UFF) em 1957.
Especializou-se nas áreas de pediatria, administração hospitalar e saúde pública. Realizou Mestrado em Educação na Faculdade de Educação da UFF e doutorou-se em 1974 em Enfermagem Materno-infantil, defendendo tese de livre docência pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro(3).
É professora titular do Departamento de Enfermagem Materno-Infantil da EEAAC da UFF, onde foi chefe de departamento. Desenvolveu atividades como docente de várias disciplinas, destacando a área materno-infantil, de saúde pública e de metodologia da pesquisa. Grande atuante nas atividades institucionais da UFF, destacando-se o Conselho Universitário,também realizou vários projetos de pesquisa e de extensão, destacando-se a criação do Núcleo de Atenção Primária e Educação e Saúde (NAPES) na Universidade Federal Fluminense e a Fundação da Creche, que hoje tem seu nome, localizada no centro da cidade de Niterói-RJ, atendendo às comunidades dos Morros do Arroz e da Chácara.
Por trabalhar na área materno-infantil, teorizou sobre a infância como uma fase do desenvolvimento humano que precisa ser considerada  um fenômeno em si, de direito da criança e não apenas como uma fase transitória(4). Ampliou essa visão para a saúde do adolescente, da mulher e do idoso.
Na década de 90, compôs um grupo de docentes que iniciou discussões com proposta de criação do curso de mestrado da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa da UFF, que foram retomadas no processo de criação do mestrado acadêmico em Ciências do Cuidado em Saúde da mesma instituição.
A visão ampla na produção de conhecimento de pesquisa na saúde e na enfermagem está expressa em suas obras. O trabalho de Paim propagou-se na enfermagem e para além dela, na educação, na ecologia, no planejamento em saúde e na assistência social, estabelecendo parcerias estaduais e nacionais.
Casou-se com Edson Paim, cirurgião dentista, médico, professor aposentado da UFF, parceiro de militância, de produção teórica, além de um grande companheiro que a acompanha há 60 anos.  Edson Paim atuou na fundação “do Partido Democrático Trabalhista (PDT), tendo sido Membro do Diretório Regional do Rio de Janeiro e Vice-Presidente da 2ª Zona Eleitoral de Município do Rio de Janeiro.”(5)
Rosalda Paim, mulher dedicada à família, humana, sensível, espirituosa e generosa, mostrou-se sempre firme em suas convicções e posições.
Além de enfermeira, pedagoga, professora, deputada e pesquisadora, ela foi sobretudo uma das mulheres singulares da Enfermagem, da saúde e da sociedade.Enfim, uma grande personalidade, visionária, militante política, defensora da saúde pública e dos cuidados de enfermagem nos diferentes ciclos da vida.
Tivemos oportunidade de conviver com a Professora Rosalda na academia, trabalhando e desenvolvendo projetos de pesquisa(3,6,7). Acompanhávamos seus constantes investimentos pelas causas sociais, equidade e  qualidade da saúde. Seus posicionamentos eram firmes, humanos e agregadores, enquanto colega de trabalho. Rosalda dizia que “tudo que é muito radical não ajuda”, ampliando, dessa forma, as possibilidades de diálogos transdisciplinares na saúde.

Em defesa de um amplo projeto político e social: em defesa da vida
Rosalda Paim tinha um projeto político sobre a vida, saúde e sociedade, no qual incluía a enfermagem como ciência, arte e profissão.
Ela posicionou-se em prol da democracia e dos direitos humanos no período da ditadura militar, sendo por vezes coagida. Em um de seus muitos relatos, contou-nos o fato de sua casa ter sido invadida por agentes do regime totalitário, sendo seus livros subtraídos por serem considerados subversivos.
Participou ativamente da Fundação do Partido Democrático Trabalhista (PDT) em Niterói-RJ e foi uma das responsáveis pelo processo de democratização dos serviços públicos de saúde na década de 80, participando das pré-conferências e conferências municipais de saúde.
Sua maior expressão política destaca-se como a primeira parlamentar enfermeira do Brasil no período de 1983 a 1987. Criou mais de 20 projetos de leis voltados para a área social e de saúde, dentre os quais destacam-se  os seguintes: O que proíbe a coleta remunerada de sangue; a criação do sistema estadual de creche; a criação do dia da pessoa idosa; a criação do serviço de saúde do adolescente; da obrigatoriedade de instalação de conselhos comunitários em unidades estaduais de saúde, educação e serviço social; e outras.(5:7)
Ao detalharmos temporalmente os Projetos de Lei da deputada Paim, observamos seu esforço árduo e contínuo na promulgação de leis que contribuíssem com as minorias sociais e que possibilitassem  conquistas de visibilidade para a  enfermagem e a  saúde.

Durante o período de seu mandato, destacam-se os  projetos de lei que abrangem a área da saúde, educação e cultura, demonstrando no seu exercício político a visão sistêmica e ecológica que preconizava.
Na área da saúde pública, criou o projeto lei que proíbe a propaganda e comercialização da doação de sangue. Também criou a comissão coordenadora para o saneamento, fiscalização sanitária de alimentos e a institucionalização de comissão de infecção hospitalar, confirmando sua ampla visão da saúde e seu compromisso ético e cidadão(8,9).

Sobre a atenção aos cuidados nos ciclos vitais humanos, destacam-se: a disposição para a implantação de alojamento conjunto nas maternidades municipais e estaduais e a criação do serviço de saúde voltado para os adolescentes. Também trabalhou para instituir o dia da pessoa Idosa e o programa estadual de planejamento familiar, além depresidir a Comissão de saúde e de Educação da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro(8,9).
Em relação às medidas sociais e políticas, destaca-se sua integração na Comissão de elaboração do Estatuto da Mulher e sua nomeação pelo presidente da república José Sarney ao cargo de Vice-presidente da União Parlamentar Interestadual(5).
Na área de transporte, dispôs sobre a gratuidade em ônibus e barcas para praças das forças armadas, bem como a instalação de um degrau inferior nos ônibus do Estado do Rio de Janeiro com vistas a facilitar a locomoção da população.
Na área cultural, instituiu atividades como festivais de cultura e afins no calendário cívico-cultural do Estado do Rio de Janeiro e criou o Programa de desenvolvimento artesanal do Estado do Rio de Janeiro(8,9).
No campo da educação, criou e denominou várias instituições de ensino estadual e municipal voltadas para a educação pública integral, bem como a legislação do sistema estadual de creches. Destaca-se também a institucionalização da comemoração do dia mundial da paz nas escolas estaduais, fato que nos remete ao pensamento de Edgar Morin, que preconiza a educação para a paz e não para a guerra(10).


O título de professora emérita: o reconhecimento profissional
Dentre as homenagens prestadas pela EEAAC/UFF, destacamos o nome dado ao Auditório principal desta instituição: “Auditório Rosalda Paim”; o título de Professora Emérita, pelo Reitor da UFF; a Semana de Estudos e Pesquisas Rosalda Paim; e as diversas homenagens prestadas nos eventos científicos da EEAAC.
O Estádio do complexo esportivo da cidade de Anastácio, em Mato Grosso do Sul, foi nomeado “Rosalda Paim”. Em Niterói, a Creche Municipal Rosalda Paim localiza-se no centro da cidade, em frente à Escola de Enfermagem. De fato, o nome de Rosalda Paim entrou definitivamente na cultura fluminense, demarcando espaço e dando uma dimensão política e social ao seu trabalho.
Paim identificava a si mesma como enfermeira e tinha uma visão abrangente da saúde, característica que permeia tanto as articulações interdisciplinares de seus projetos e ações, quanto  sua atitude transdisciplinar do cuidado, da sociedade e da vida.
No dia 25 de maio de 1995, ela deveria ter recebido o título de cidadã honorária do Estado do Rio de Janeiro, outorgado pela Assembleia Legislativa(5,8) . Mas, por problemas pessoais, este título foi somente entregue em 15 de maio de 2012 pela deputada estadual Rejane de Almeida, no Auditório da EEAAC/UFF.
Também recebeu o título de cidadã dos municípios fluminenses de Duque de Caxias, de Niterói e de Italva, no Estado do Rio de Janeiro, e de Anastácio, no Mato Grosso do Sul, atribuídos pelas respectivas câmeras de Vereadores(5,8).

Participou de vários congressos como conferencista e relatora de trabalhos, destacando-se o I Simpósio Brasileiro de Teorias de Enfermagem, realizado de 20 a 24 de maio de 1985, em que o trabalho intitulado Teoria Sistêmica de Enfermagem ainda vem tendo forte impacto na Enfermagem Brasileira(11).

Contribuições teóricas: O sistemismo funda um novo modo de pensar e de fazer saúde e enfermagem
A sua Teoria Sistêmica e Ecológica, datada de 1974, foi inicialmente defendida como tese de livre docência em Teoria Sistêmica de Enfermagem na Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro. Suas reflexões ancoram-se no modelo sistêmico de Mário Chaves(12).
Em 1978, define a Teoria Sistêmica de Enfermagem, que visa superar a visão curativista e centrada no hospital por um modelo sistêmico e ecológico. Neste sentido, redimensiona a concepção dos cuidados centrados nas necessidades humanas básicas do cliente para as necessidades globais de saúde, considerando o meio ambiente, a cibernética, o modelo sistêmico e ecológico.
Dentre os vários artigos e livros, destacam-se: Problemas de Enfermagem e Terapia Centrada nas Necessidades do Paciente; Metodologia Científica da Enfermagem; e um Paradigma para a Enfermagem(3). Nesses dois últimos explicita a sistematização da assistência de enfermagem, tomando por base um modelo sistêmico ecológico e cibernético. Assim, antes mesmo de serem discutidas as questões referentes à integralidade na saúde e à humanização do cuidado, Paim e Paim já apresentavam propostas de mudanças paradigmáticas na saúde e na enfermagem. Tinham uma visão inter e transdisciplinar na saúde, mas mantinham o zelo, a proximidade, a especificidade da enfermagem e sua relevância social e política. Esta percepção sobre a práxis da enfermagem também orienta o pensar e o fazer de enfermeiras que construíram parcerias com Rosalda Paim. Este é o caso da enfermeira idealista Sidênia Alves Sidrião que, conhecida por sua integridade na politica e respeitada pelos segmentos de alunos, professores e funcionários técnico-administrativos da comunidade universitária, é uma referência, corroborando para o fato de que a militância, força política e ideais dinâmicos também marcam a trajetória da enfermagem(13).
A tônica da visão sistêmica, ecológica, cibernética e informacional desenvolvida por Paim e Paim, quando aplicada à assistência em saúde, seria a ampliação do espaço corporal do sistema humano (pessoa, família, comunidade, sociedade) assistida ou cuidada, a fim de abranger seu ambiente imediato ou próximo. 
Rosalda Paim contribuiu teoricamente para o avanço de conceitos pós-modernos aplicados à saúde e à enfermagem quando ainda predominava o paradigma curativista e centrado no profissional médico e suas ações, desconsiderando as possíveis relações entre o homem e o meio.


Uma profissional para além de seu tempo
A trajetória profissional de Rosalda Paim é norteada por marcos teóricos, sociais e políticos da virada do século XX para o XXI no Brasil e no Estado do Rio de Janeiro, de modo que a mesma teve um papel de destaque no processo de modernização da enfermagem brasileira, na formação do enfermeiro e profissionais de saúde, na democratização brasileira e na mudança de paradigma na atenção em saúde.
A biografia de Paim contextualiza-se no período que abarca a fase desenvolvimentista do Brasil, período dos movimentos sociais de base e período ditatorial, quando houve conquistas sociais na saúde e processo de redemocratização do país. Nessa época, Paim teve uma participação política efetiva, culminado na sua eleição como deputada estadual, quando criou vários projetos sociais.
Contrapondo-se ao modelo médico curativista, tecnicista e da medicina dos órgãos, Paim propôs um modelo sistêmico, ecológico e cibernético de atenção à saúde, e criou uma teoria e uma metodologia de assistência de enfermagem inter e transdisciplinar que se coaduna com os princípios do Sistema Único de Saúde. Portanto, o pensamento de Paim sempre esteve além de seu tempo; é atual e apresenta aderência com o cuidado essencial, ecológico e sistêmico.
Quanto à especificidade para o campo da enfermagem, idealizou uma sistematização da assistência voltada para as necessidades globais de saúde e que apresenta contribuições para o planejamento e intervenções na saúde de modo humano científico e holístico. Assim sendo, esta enfermeira é referência para a saúde e para a enfermagem brasileira e, portanto, merece nosso reconhecimento e  lembrança.

REFERÊNCIAS
1. Paim RCN. Um paradigma para a Enfermagem - Teoria Sistêmico-Ecológica. Rio de Janeiro: CDB - Gráfica & Editora; 1991.
2. Azevedo J, Carvalho V, Gomes M. Waleska Paixão: uma biografia a serviço da enfermagem brasileira. Esc Anna Nery Rev Enferm. 2009; 13(1): 31-35.
3. Paim RCN. Metodologia Científica e Enfermagem. Rio de Janeiro: Pontifícia Universidade Católica (PUC); 1974.
4. Paim RCN. Problemas de Enfermagem e Terapia Centrada nas Necessidades Paciente. Rio de Janeiro: Luna; 1978.
5. Paim E, Paim RCN. Sistemismo Ecológico Cibernético e Informacional: um paradigma holístico. Varginha: GE Sul Mineira; 2004.
6. Paim RCN. Metodologia Científica em Enfermagem. Rio de Janeiro: Editora do Autor; 1980.
7. Paim RCN. Metodologia. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo; 1986.
8. Blog do Paim [homepage in the Internet]. Rosalda Paim. [cited 2011 apr 15]. Available from: http://rosaldaparlamentar.blogspot.com/2007/10/rosalda-paim-1114-1987-determina.html.
9. Blog do Paim [homepage in the Internet]. Rosalda Paim. [cited 2011 apr 15]. Available from: http://sistemismoecolgico.blogspot.com/2007_02_01_archive.html. 2009.
10. Morin E. Introdução ao Pensamento Complexo. São Paulo: Sulina; 2005.
11. Anais do 1. Simpósio Brasileiro de Teorias de Enfermagem; Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina; 1985.
12. Chaves M. Saúde e Sistemas. Rio de Janeiro: FGV; 1972.
13. Abrahão  AL, Daher DV, Santos NTP. Uma vida, uma história, uma enfermeira: Sidênia Alves Sidrão de Alencar Mendes. Online braz j nurs [serial on the Internet]. 2012 Apr [cited 2012 Jul 03]; 11(1). Available from: http://www.objnursing.uff.br/index.php/nursing/article/view/3748.


Autores:
Enéas Rangel Teixeira - Participação como redator e revisor textual. Donizete Vago Daher – Participação em revisão literária e organização temática. Rosimere Ferreira Santana –Participação em revisão literária. Thais Cordeiro Fonseca –Participação em organização textual, atualização e digitação de dados e trâmite de submissão.


Recebido: 18/07/2012
Aprovado: 01/08/2012


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